A paralisação nacional da PF (Polícia Federal), programada para o próximo dia 18, vai incluir agentes dos aeroportos, de emissão de passaportes e dos portos marítimos, informou nesta quinta-feira o Sindpolf-SP (Sindicato dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo).

Com isso, a greve de 24 horas poderá interromper vôos internacionais e os trabalhos nos portos marítimos relativos à entrada e saída do país tanto de navios de carga como de navios turísticos. Hoje, em São Paulo, a PF está em funcionamento normalizado.

Desde dezembro do ano passado, funcionários da PF reivindicam os 30% de reajuste salarial que correspondem à segunda etapa do aumento concedido por meio da Medida Provisória 305, de 11 de julho de 2005, que estabelecia um aumento de 60%, dividido em duas parcelas.

Na quinta-feira, não houve negociação entre o Ministério do Planejamento e os funcionários da PF. A contra-proposta não foi apresentada pelo governo, conforme o esperado pela categoria.

O ministério não prestou informações sobre a contra-proposta, mas adiantou que não concederá o reajuste pedido. "É um novo governo, eleito com novas prioridades", disse o secretário de Recursos Humanos do ministério, Sérgio Mendonça. O acordo de 2006 foi firmado com o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.