A Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo) e o Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior) prosseguem, nesta quinta-feira, com as negociações para renovação da convenção coletiva de trabalho.

Na última reunião, o sindicato patronal adiantou que quer discutir reajuste e piso salarial, participação nos resultados e adicional noturno, que atualmente é de 25%, contra 20% previstos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Segundo o presidente do Sinpro (Sindicato dos Professores de Santos) e diretor da Fepesp, Ildefonso Paz Dias, o Semesp quer atrelar a bolsa de estudo a um número mínimo de aulas, além de rediscutir o plano de saúde e o recesso.

O sindicalista diz que as mantenedoras propõem também ajustar a redação de algumas cláusulas, como a garantia semestral de salários, comprovante de pagamento e duração da hora aula.

A Fepesp defende que a pauta da próximo encontro se restrinja às questões econômicas. Por isso, pediu ao Semesp que apresente uma contraproposta sobre o reajuste e cláusulas relacionadas à remuneração dos professores.

Ildefonso adianta que a Fepesp e os Sinpros "não aceitam retrocesso nos direitos adquiridos e exigem melhorias na convenção coletiva" As negociações estão marcadas para 10 e 17 de março. A data-base da categoria é 1º de março.

Base - Em assembléias realizadas na segunda-feira, os Sinpros do Estado, representando cerca de 65 mil professores, autorizaram a continuidade das negociações.

A campanha salarial envolve os sindicatos da Baixada Santista e Litoral, São Paulo, Campinas, Guapira, Guarulhos, Indaiatuba, Itapira, Itu, Jaú, Jundiaí, Mogi Guaçú, Osasco, Salto, Santo André, São Bernardo, São Caetano, São José do Rio Preto, Valinhos e Vinhedo.