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Futuro do Santo André é a base, garante Livolis
Analy Cristofani
Do Diário do Grande ABC
30/06/2004 | 23:48
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  Um trabalho planejado, um futuro que chegou antes mesmo do esperado. É assim que o presidente Jairo Livolis entende o momento do Santo André que, mais do que decidir a Copa do Brasil, garante talento para outras temporadas. “Esses meninos conseguiram mais do que a gente sonhou, mais cedo do que se supunha. Dos 30 profissionais, 19 são garotos feitos no projeto Jovem Santo André e 11 contratados, mais experientes”, explica o presidente. Emocionado, Livolis fala do Santo André que dirige com o mesmo carinho daqueles que entram em campo ou mesmo vibram na arquibancada. “Temos assistido a um processo de evolução constante, nunca estacionamos”, assegura o presidente. A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Diário.

DIÁRIO - O futebol sempre foi prioridade?
JAIRO LIVOLIS - Nos empenhamos na construção do clube social, no Jaçatuba, há 11 anos. Investimos no crescimento, na melhoria da sede. Há três anos, conseguimos a segunda sede, o antigo Clube de Campo do ABC, e chegamos à conclusão de que o Esporte Clube Santo André é grande, com uma massa associativa de 30 mil pessoas.

DIÁRIO - E quando o futebol entrou com força total?
LIVOLIS - Em um certo momento, precisaríamos também de um time para projetar, para ser construído num tempo longo, em décadas. Entendemos que era preciso investir e a forma decidida foi pelas categorias de base. Trabalhamos de forma persistente, organizada, estruturamos no sentido de poder identificar e desenvolver talentos. Isso foi dando resultados e o surgimento de meninos com potencial.

DIÁRIO - O resultado surgiu com a Copa São Paulo de 2003?
LIVOLIS - Se revelou ali, quando fomos campeões e todos puderam enxergar o que era o projeto. Agora, alcançamos a plenitude de um trabalho de quatro, cinco anos atrás. Já estamos preparados para uma grande campanha em 2005. Essa rapaziada conseguiu também, com alguns atletas experientes, a Copa Estado, o vice-Brasileiro da Série C, ficamos em quinto no Campeonato Paulista e, agora, chegamos à final da Copa do Brasil.

DIÁRIO - O caminho é esse?
LIVOLIS - Essa é a nossa visão de futuro, vamos construir um Santo André como time grande a partir da continuação desse trabalho de base. Entendemos a equipe como inteiramente formada em casa, com ligação emocional e nível de qualidade altíssimo, capaz.

DIÁRIO - Que tamanho é a alegria nesse momento?
LIVOLIS - Estamos em um nível de felicidade total, muito grande. Às vezes nem acreditamos, nem percebemos exatamente o que está acontecendo, como é grande, não sabemos se estamos enxergando de forma realista. Queremos isso e nada vai servir de desânimo ou desestímulo. Esse grupo provou muito valor, não aconteceu por acaso.

DIÁRIO - É a vez do Santo André?
LIVOLIS - É bonito ver o carinho ao nosso redor. Presenciei esse fenômeno com o São Caetano, que se tornou a equipe namoradinha do Brasil, e agora vejo o Santo André nessa posição. Queremos cristalizar essa simpatia.

DIÁRIO - É estranho decidir a Copa do Brasil e poder estar na terceira divisão do Brasileiro no ano que vem?
LIVOLIS - Vamos fazer um grande esforço para recuperar dentro de campo os pontos que nos foram tirados. O empenho é total para manter o time na Série B. Temos uma meta, o caminho é construir os pontos para buscar a 18ª colocação e vamos conseguir.

DIÁRIO - E o Centro de Treinamento?
LIVOLIS - Será na sede náutica. Já fizemos o projeto topográfico e estamos conduzindo para obter a licença. A primeira etapa será a construção dos campos. Aí vamos executar o projeto de construção dos alojamentos.

DIÁRIO - Não seria o momento de ampliar a capacidade do Bruno Daniel?
LIVOLIS - Até hoje, sua capacidade de 15 mil pessoas foi suficiente. Nunca houve razão para o poder público se sentir estimulado. Mas tenho certeza de que, quando isso acontecer, o prefeito João Avamileno e todos os vereadores se mobilizarão de imediato para ampliar o Bruno, sem falar na reforma do gramado. Nunca conseguiram fazer reforma para abrigar a Copa São Paulo, mas em um certo momento vai ter de fazer uma opção.

DIÁRIO - O senhor está no clube há quanto tempo? O que pretende fazer até o final de sua gestão?
LIVOLIS - Foram cinco gestões, termina em 2006. Quero consolidar a sede, melhorar, evoluir. Mas o grande objetivo é o futebol, transformar o Santo André em um grande time.




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