"O Kuwait é um campo de batalha e as tropas americanas estão no Kuwait se preparando para atacar o Iraque", afirmou o diplomata iraquiano. "Se houver um ataque a partir do Kuwait não posso dizer que não responderemos. É claro que responderemos às tropas americanas de onde quer que iniciem sua agressão contra o Iraque. Isso é legítimo", acrescentou.
"O governo iraquiano pagará caro se ameaçar a segurança, a soberania e a integridade territorial do Kuwait", afirmou o ministro da Defesa, xeque Jaber al-Mubarak al-Sabah, num comunicado citado pela agência de notícias Kuna.
Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, mantém seus preparativos de guerra. Está previsto para a noite desta terça seu mais importante pronunciamento anual no qual falará sobre a guerra. Ele não vai declarar o confronto, garantiram fontes, mas vai justificar novamente a preocupação americana com Saddam Hussein - dizendo que ele armazena armas químicas e biológicas, tenta construir uma bomba atômica e tem escapado da resolução da ONU que ordena seu desarmamento enganando os inspetores.
Washington já deu sinais que está perdendo a paciência com o Iraque depois que o chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, e Mohammad ElBaradei, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU, apresentaram na segunda-feira um relatório sobre os 60 dias de buscas por armas não-convencionais no Iraque.
No relato, Blix disse ao Conselho de Segurança da ONU que Bagdá havia cumprido as exigências das Nações Unidas relutantemente e que o país pode ainda possuir armas biológicas e foguetes.
Em resposta, Aziz disse que havia apenas dois pontos discrepantes entre o Iraque e os inspetores: a questão sobre se os aviões de vigilância podem ser usados para espionagem e as condições sobre as quais os cientistas iraquianos poderiam ser entrevistados.
O vice-premiê iraquiano, no entanto, prometeu mais cooperação no futuro. "Eles estão pedindo mais cooperação do Iraque. Ok, deixe-os dizer isso. Nós estamos fazendo isso", disse em uma entrevista para uma rede de televisão canadense em Bagdá.
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