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Berzoini admite que sabia de reunião entre petistas e jornalista
Do Diário OnLine
20/09/2006 | 07:33
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O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), informou na terça-feira que tinha conhecimento do encontro Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti com um repórter da Época, no entanto, não sabia o assunto que seria tratado. Os dois, integrantes do comitê da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,  tentaram negociar a divulgação do ‘Dossiê Serra’ pela revista semanal.

“De fato, tive conhecimento de que um integrante da nossa campanha manteria contato com a revista Época para tratar de uma pauta de interesse jornalístico. Jamais tive ciência do conteúdo abordado nesse encontro”, diz um trecho de uma nota divulgada por Berzoini, na noite de terça-feira.

No texto, o presidente petista confirmou ainda que Jorge Lorenzetti, ex-assessor de risco de mídia da campanha de Lula, pediu afastamento de suas funções. “Jorge Lorenzetti me encaminhou hoje carta desligando-se da campanha e explicando os seus motivos, entre os quais ele reconhece ter extrapolado os limites de suas atribuições.”

Lorenzetti é apontado como um dos integrantes do partido a negociar a compra do ‘Dossiê Serra’ – material com documentos, fotos e imagens que poderiam comprometer a imagem de políticos do PSDB, em especial a do candidato ao governo de São Paulo, José Serra.

Confira a nota de Ricardo Berrzoini na íntegra:

“Tendo em vista a citação do meu nome em esclarecimento publicado hoje pelo site da revista Época, tenho a dizer o seguinte:

1. De fato, tive conhecimento de que um integrante da nossa campanha manteria contato com a revista Época para tratar de uma pauta de interesse jornalístico. Jamais tive ciência do conteúdo abordado nesse encontro, conforme reproduzido fielmente pelo site da revista;

2. Jorge Lorenzetti me encaminhou hoje carta desligando-se da campanha e explicando os seus motivos, entre os quais ele reconhece ter extrapolado os limites de suas atribuições como assessor de risco e mídia da Coligação “A Força do Povo”, mas afirma taxativamente que não autorizou o emprego de qualquer tipo de negociação financeira;

3. Manifesto, mais uma vez, a minha indignação com esse episódio, e condeno, como sempre condenei, o denuncismo e a baixaria em processos eleitorais, reafirmando a necessidade de que todas as denúncias sejam investigadas e esclarecidas o quanto antes. E pergunto: a quem interessa criar confusão nesta campanha eleitoral?”




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