O ex-chefe da polícia de Nova York Bernard Kerik, um amigo fiel do candidato republicano à eleição presidencial americana Rudolph Giuliani, foi indiciado nesta sexta-feira por fraude fiscal e corrupção.

Ele é acusado de ter aceitado um presente de US$ 165 mil pago em obras de reforma de um apartamento do qual era proprietário, oferecido por uma empresa suspeita de manter vínculos com a máfia e na disputa para obter um contrato com a cidade de Nova York.

Foi Giuliani quem nomeou Kerik no comando da polícia de Nova York, em 2000, e quem o recomendou para o cargo de secretário da Segurança Nacional. Kerik foi em seguida sócio de Giuliani numa consultoria em segurança.

"É triste indiciar um ex-dirigente das forças da ordem, principalmente quando esse ex-dirigente ocupou cargos tão importantes como Bernard Kerik", declarou o procurador Michael Garcia em entrevista coletiva.

"Porém, não duvidaremos em perseguir qualquer funcionário que violar o juramento que prestou e traiu a confiança pública", sentenciou.

O processo detalha 14 acusações, sendo as principais fraude fiscal e aceitação de subornos. "Bernard Kerik também mentiu diversas vezes quando foi interrogado sobre suas atividades financeiras", destacou o magistrado.