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Concessões de crédito crescem 1,1% em janeiro
Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
10/02/2009 | 07:00
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Com a alta de 1,1% no volume de créditos concedidos registrada em janeiro, o Banco Central já observa o mercado financeiro de forma mais otimista.

Segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o nível de concessões já está próximo do constatado em meses anteriores à crise financeira internacional. No entanto, o setor industrial da Região não concorda plenamente com a visão da autoridade do BC.

"O crédito nunca é fácil para pequenas e médias empresas. As medidas do Banco Central não têm resolvido em nada", lamenta William Pesinato, diretor-titular da regional de São Caetano do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). "Se fez alguma diferença, a gente nem percebeu",

Para ele, nem sempre anúncios vindos de Brasília podem ser considerados imediatamente pelo mercado. "Quando a gente ouve uma dessas notícias, elas só estarão em prática no mercado cerca de um mês depois."

Por acreditar que um corte maior na Selic pudesse ser mais útil para a produção industrial local, Pesinato não vê negativamente o alto spread praticado pelos bancos. Dentro de uma política conservadora do Banco Central, o diretor-titular do Ciesp vê a redução nos spreads dos bancos públicos como única alternativa para regular o mercado. "Realmente, reduzir os juros não é mauito fácil."

ShotokuYamamoto, diretor-titular da regional do Ciesp de Santo André, tem perspectiva mais positiva mas não vê a declaração como verdade absoluta. "Empresas grandes que captavam dinheiro fora do país, voltaram a pegar empréstimos aqui dentro. Assim, pode ser que que os volumes de empréstimos tenham crescido em níveis relativos."

O diretor-titular do Ciesp andreense, no entanto, já vê uma pequena mudança se comparado com o volume de créditos e juros praticados no mercado no último trimestre de 2008. "Ainda não deu para aliviar muita coisa, mas o crédito já está mais acessível", afirma. "O dinheiro também obedece a lei da oferta e da demanda.Se temos mais captadores de empréstimos no País, os juros não cairão tanto."




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