A TAM deve encaminhar em setembro para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) os documentos referentes à proposta de integração das operações da companhia brasileira com a chilena LAN, para que o órgão possa analisar o negócio anunciado na sexta-feira. A informação foi dada ontem pelo presidente da TAM S.A., Marco Bologna.

Bologna e o presidente da TAM Linhas Aéreas, Líbano Barroso, estiveram reunidos com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e com a presidente da Anac, Solange Vieira. Segundo o executivo, o encontro foi uma "visita de cortesia" para apresentar os detalhes da operação que, caso seja aprovada pelos órgãos reguladores do Brasil e do Chile, resultará na 11ª maior empresa aérea do mundo.

Em entrevista após o encontro, eles insistiram que a operação está dentro de todos os parâmetros determinados pela legislação brasileira, que impede que empresa estrangeira controle o capital votante de companhia aérea nacional. O principal argumento dos executivos é que 80% do capital votante da TAM S.A. - que controla a TAM Linhas Aéreas - permanecerá sob o controle da família Amaro. "Não tem drible (na legislação) porque o capital votante da TAM S.A. continua na mão da família Amaro, que está na aviação há três décadas", disse Bologna.

O executivo reafirmou estar confiante na aprovação da operação, dentro de um prazo de seis a nove meses. O negócio só será efetivado depois dessa sinalização e da aprovação dos acionistas das duas companhias.

Bologna disse ainda que a junção das empresas segue tendência mundial de consolidação no setor aéreo. "Esse é um movimento que está vindo para a América do Sul, é uma antecipação de uma tendência global", disse Bologna. Para ele, à medida que a nova empresa ganhe "musculatura" ela poderá avaliar aquisições de outras companhias. Mas fez questão de frisar que esse movimento não faz parte do plano de negócios que culminou com o anúncio da operação no fim da semana .