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Desde que começaram os trabalhos na Câmara de Ribeirão Pires, dia 3 de fevereiro, os vereadores aprovaram a maioria dos projetos de autoria do Executivo. Lei de incentivos ficais, parcelamento do IPTU e diminuição de espaço mínimo entre postos de gasolina são exemplos das propostas elaboradas pela Prefeitura ratificadas pelo parlamento. "O Legislativo acaba se tornando submisso ao Executivo. Mas o vereador é mais do que isso", diz Elza da Silva Carlos (PT), a Professora Elzinha. A apreciação de trabalhos do Executivo se torna uma rotina. "Isso é desqualificar o papel do vereador", diz a petista.
Nenhum parlamentar da cidade é do mesmo partido que o prefeito Clóvis Volpi, o PV, e apenas dois vereadores fazem oposição – Elzinha e Edson Savietto (PT), o Banha. Com esse cenário, Volpi não teve trabalho para aprovar 31 dos 34 projetos enviados, inclusive criação de cargos. O restante das propostas ainda tramita na Casa, entre elas a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). "Dos nove vereadores de situação, quatro participaram da coligação que elegeu Volpi. Outros cinco nos dão apoio, completando os nove", explica o presidente da Câmara, Saulo Benevides (PTB).
Da parte dos próprios vereadores, Benevides destaca a polêmica causada por Antonio Muraki (PPS), quando tentou acabar com o feriado da Consciência Negra (20 de novembro). "Esse projeto do Muraki foi o mais polêmico", diz. Para ele, a redução do número de vereadores atrapalha o funcionamento da Câmara. "Ribeirão Pires é uma cidade com 107 km². Perdemos quatro vereadores este ano. É necessário o mínimo de estrutura." Mas o petebista afirma: "trabalhamos mais".
A Câmara de Ribeirão Pires ainda não tem data definida para entrar em recesso. Os vereadores devem continuar seus trabalhos até que a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) seja aprovada na cidade, o que não deve ocorrer tão cedo, já que foram feitas emendas que precisam ser votadas.
Os cofres públicos gastaram R$ 1,5 milhão desde fevereiro com a manutenção do Poder Legislativo de Ribeirão Pires. Significa que cada um dos 11 vereadores custou cerca de R$ 136,3 mil neste primeiro semestre.
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