Em entrevista a rádio Mitre, o chefe de Gabinete, Alberto Fernández, disse que o presidente está exercendo a sua autoridade para manter a ordem no país. "Definitivamente, quem conduz os destinos do país é o presidente. Nós não pedimos a renúncia do vice, que foi escolhido por nós. Não há risco institucional, o governo está absolutamente coeso", disse o ministro coordenador.
Scioli, antes afilhado político do ex-presidente peronista neoliberal Carlos Menem (1989-1999), divergiu com o presidente da Argentina ao opor-se ao projeto parlamentar de anulação das leis de anistia a militares acusados de crimes na última ditadura. Ele também pediu um aumento das tarifas dos serviços públicos, como deseja o FMI.
De acordo com uma aliada crítica do governo, a deputada de centro-esquerda, Elisa Carrió, “Kirchner deve guardar as devidas proporções, porque se ainda não é uma crise, poderá vir a ser, e não se sabe como será resolvida".
Scioli mergulhou em cheio, nesta quarta-feira, na campanha do Partido Justicialista (peronista) às eleições para o governo na província de Buenos Aires, pelas mãos da primeira candidata a deputada, Hilda 'Chiche' Duhalde, esposa do ex-presidente."Sou uma pessoa de consenso", disse o vice, sem poupar as dúvidas sobre o final da crise, num momento em que a Argentina mantém uma crucial negociação com o Fundo Monetário Internacional (FMI), antes de completados três meses de Governo.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.