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Kirchner tenta garantir a liderança na 1ª crise no governo
Do Diário OnLine
Com Agências
20/08/2003 | 21:33
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O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, buscou consolidar a liderança durante a primeira crise aberta no Governo. Ele exigiu o afastamento de funcionários ligados ao vice-presidente Daniel Scioli, que desafiou seu poder ao discordar da orientação geral em assuntos ligados à economia e aos direitos humanos.

Em entrevista a rádio Mitre, o chefe de Gabinete, Alberto Fernández, disse que o presidente está exercendo a sua autoridade para manter a ordem no país. "Definitivamente, quem conduz os destinos do país é o presidente. Nós não pedimos a renúncia do vice, que foi escolhido por nós. Não há risco institucional, o governo está absolutamente coeso", disse o ministro coordenador.

Scioli, antes afilhado político do ex-presidente peronista neoliberal Carlos Menem (1989-1999), divergiu com o presidente da Argentina ao opor-se ao projeto parlamentar de anulação das leis de anistia a militares acusados de crimes na última ditadura. Ele também pediu um aumento das tarifas dos serviços públicos, como deseja o FMI.

De acordo com uma aliada crítica do governo, a deputada de centro-esquerda, Elisa Carrió, “Kirchner deve guardar as devidas proporções, porque se ainda não é uma crise, poderá vir a ser, e não se sabe como será resolvida".

Scioli mergulhou em cheio, nesta quarta-feira, na campanha do Partido Justicialista (peronista) às eleições para o governo na província de Buenos Aires, pelas mãos da primeira candidata a deputada, Hilda 'Chiche' Duhalde, esposa do ex-presidente."Sou uma pessoa de consenso", disse o vice, sem poupar as dúvidas sobre o final da crise, num momento em que a Argentina mantém uma crucial negociação com o Fundo Monetário Internacional (FMI), antes de completados três meses de Governo.




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