Milão é a capital da Lombardia, a mais rica e industrializada das regiões italianas. Mas não pense que se trata daquelas metrópoles cinzentas e tristes, sem identidade. É, sim, uma cidade de arquitetura belíssima, que mescla o moderno e o antigo de forma harmônica, onde bom gosto e requinte estão em todas as suas faces – inclusive na culinária. Portanto, renda-se aos prazeres da boa mesa e circule pelos vários museus e teatros que nada devem aos de outros grandes centros europeus.

Visitar o Scala, santuário da ópera italiana, é obrigatório. Lá, grandes nomes do canto lírico, como Maria Callas e Caruso, estrelaram momentos inesquecíveis, encantaram platéias e formaram novas gerações de amantes do drama lírico.

Além do espetáculo propriamente dito, é possível deslumbrar-se com a beleza do prédio, considerado o melhor teatro do mundo e palco predileto dos grandes tenores, barítonos e sopranos. A alta temporada operística tem início em dezembro e prolonga-se por seis meses.

Milão está na moda, é a própria tradução da elegância. Até os carabineri (policiais) vestem uniformes impecáveis, do corte ao tecido. Berço de grifes como Missoni, Armani, Versace e Krizia, a cidade abriga uma infinidade de lojas das principais marcas do mundo.

Os preços são salgados, mas uma visita ainda que despretensiosa à Galleria Vittoria Emanuelle, o coração da cidade, é invariavelmente um ótimo programa. Lá fica, por exemplo, o restaurante Savini, um dos mais tradicionais de Milão.

Ainda perto do Centro, um antigo e bonito monastério acolhe relíquias romanas no importante Museu Arqueológico. A entrada é franca. Fica no Corso Magenta, 15. Ao seguir pela Via Sant’Agnese, chega-se ao Museu da Ciência e da Técnica (Rua San Vittore, 21; ingresso a US$ 4). O espaço reúne coleções de aviões, carros, motos e locomotivas. Conta também com protótipos baseados em diversos projetos experimentais de Leonardo da Vinci.

Nos arredores, encontra-se o pitoresco bairro de Navigli, onde a vida é embalada por pubs, cafés e galerias de arte.

O rigoroso frio, que predomina em boa parte do ano, dá lugar, nos meses de verão, a dias de temperatura amena – um convite a passeios pelos encantadores parques e praças que tornam Milão ainda mais bela e alegre. É tempo de saborear o famoso gelatti (sorvete), uma instituição italiana tal como a pizza e a Ferrari.

Inversamente proporcional ao prazer de se entregar a um bom sorvete, o trânsito é caótico. Mas torna-se suportável ao se admirar, nas ruas estreitas e vielas, antigas construções medievais. Para driblar a constelação de carros, é recomendável recorrer ao ótimo sistema de transporte público da cidade, composto de bondes, ônibus e três linhas de metrô. As passagens podem ser encontradas em bancas de jornais, tabacarias e máquinas automáticas.

As bicicletas – que tiveram seu uso incentivado pela Prefeitura, com o intuito de restringir a circulação de veículos no Centro da cidade – podem ser alugadas com o pagamento de uma pequena taxa. Mas o turista deve procurar só as locadoras dos pontos amarelos. As demais são destinadas aos italianos – os proprietários costumam encrencar quando não se fala o idioma local.

Pacote – Quem ficou interessado em conhecer as construções da região da Lombardia e, de quebra, provar os pratos típicos da gastronomia italiana in loco encontrará algumas opções de roteiros no Grande ABC.

Uma delas é oferecida pela BBL Brasil Turismo (0XX11 4994-7199), que possui viagens de sete dias para Milão a partir de US$ 920 por pessoa. O pacote inclui passagens aéreas e seis noites de hospedagem com direito a café da manhã.

Pela Numatur (0XX11 4994-4000), a viagem de quatro dias para Milão custa a partir de US$ 1.530 por pessoa, e inclui passagens aéreas, traslados e três noites de acomodação em apartamento duplo com direito a café da manhã.