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Jaguar e Land Rover buscam liderar luxo
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
06/11/2010 | 09:55
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Atualmente pertencentes ao grupo indiano Tata, Jaguar e Land Rover têm planos mais ambiciosos para o Brasil e América Latina. Para isso, reforça sua operação com profissionais do primeiro time. Ex-vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen do Brasil, Flavio Padovan assumiu oficialmente o comando das duas marcas desde Argentina, Brasil até o Caribe, numa nova estrutura que até então não existia na região.

"Nossa missão será retomar a liderança de vendas entre todas as marcas premium no Brasil, além de ganhar posições na América Latina. Land Rover e Jaguar ainda têm potencial muito grande no sofisticado mercado do luxo", afirmou o executivo, que desde junho, quando deixou o posto de comando na Volkswagen, estava fora do mercado de trabalho. "Vamos aumentar nossa operação com abertura de novas lojas tanto no Brasil quanto em mais de 25 países de toda a região."

As vendas da Land Rover já cresceram 50% neste ano em relação a 2009 no Brasil. A expectativa é que termine 2010 com 5.600 unidades emplacadas. Já as vendas da Jaguar estão estabilizadas e devem encerrar o ano com 300 unidades - mesmo volume comercializado no ano passado.

De acordo com John Peart, que permanece na direção da operação brasileira, agora se reportando a Padovan, a Land Rover está na terceira colocação do mercado premium no País - mesmo vendendo apenas utilitários esportivos de luxo. BMW e Mercedes-Benz ficam, respectivamente, com primeiro e segundo lugares - só que oferecem gama muito maior de produtos.

Até 2008, a Land Rover tinha liderança desse mercado de luxo. Perdeu depois da crise econômica mundial. "Mas vamos tentar retomar esta posição", disse Peart.

Padovan afirmou que contribuirá para esse objetivo o novo modelo Range Rover Evoque. "Mais de 90% das vendas deste carro, que começará a ser oferecido aqui a partir do ano que vem, devem ser feitas a clientes que nunca compraram um Land Rover. Exibido no Salão do Automóvel, o Evoque é um dos centros das atenções no estande da Land Rover por apresentar design diferenciado em relação aos tradicionais produtos da marca de origem inglesa. A empresa não revela o preço do Evoque, que deverá ter pelo menos duas versões.

Padovan afirmou, ainda, que a Jaguar e Land Rover não compartilham a administração com a indiana Tata. "Desde que foram adquiridas da Ford, as duas marcas passaram a ter operações concentradas na Inglaterra com foco e pessoal completamente distintos dos da Tata", informou Padovan, que disse estar motivado no novo emprego.

"Eu ganhei um presente (ao ser nomeado pela Land Rover e Jaguar)", disse ele, no estande da marca no Anhembi. "Espero cuidar bem deste presente."

Padovan disse que não vê problema em trocar um cargo na Volkswagen, onde estava na liderança de um negócio que vende quase 1 milhão de carros por ano, pela Jaguar/ Land Rover, que comercializada menos de 10 mil veículos na América Latina.

"Espero sim é aproveitar toda a experiência com as passagens pela VW, Ford e Autolatina para ajudar a Land Rover e Jaguar a seguirem crescendo", disse.

Em 2011, Padovan disse que a Land Rover passará das atuais 29 para 35 concessionárias no Brasil. Atualmente, entre revendas independentes e importadoras, a marca tem outros 50 pontos de venda na América Latina e Caribe.

"Vamos expandir a rede também na América Latina", adiantou. Segundo ele, a Jaguar opera no Brasil por meio da importadora do Grupo Sérgio Habib, que também vende os veículos. À Jaguar, cabe definir a estratégia e dar suporte ao importador.




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