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Fiat Uno Cabrio é um sonho
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
04/05/2011 | 07:20
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Divulgação


Embora a Fiat garanta que ele nunca ganhará as ruas, o Uno Cabrio encantou a maioria dos jornalistas que puderam experimentar o modelo no kartódromo de Aldeia da Serra, na Grande São Paulo. Além do  que funde linhas modernas e retrôs, motivo de atração de olhares no último Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro, o conjunto aerodinâmico e o motor turbo foram as grandes surpresas do dia.

O desempenho na pista deixou muitos com água na boca e com uma ponta de vontade de que um dia a Fiat leve o modelo ou algo semelhante para a linha de produção. Num país tropical, faz falta um modelo nacional conversível. O Uno bem que poderia ser a alternativa.

Desenvolvido pelo time de engenharia e CF51design/CF da Fiat em Betim, o Uno Cabrio foi a solução encontrada para expor em grande estilo, no Anhembi, a carroceria de duas portas do novo Uno - que chegou definitivamente ao mercado no começo do ano. De um veículo para show e estudos, o Uno Cabrio saiu da exposição direto para as mãos dos engenheiros, que reforçaram a estrutura e o motor para que o carro pudesse rodar.

E como roda. Nas curvas acentuadas ou nas retas curtas do kartódromo, o Cabrio mostrou desempenho dos melhores esportivos. Seu motor é o mesmo do Punto T-Jet, turbo 1.4, de 16 válvulsa. Com 152 cavalos de potência a 5.200 rpm, o Cabrio apresenta torque de 21,1 mkgf entre 2.250 e 4.500 rpm. O carro pode fazer de 0 a 100 km/h em 8 segundos e a velocidade máxima é de 200 km/h.

De acordo com Fabrício Cardinali Rezende, integrante da Engenharia Experimental da Fiat, o reforço estrutural garantiu a solidez para as curvas e retas. Em relação ao Uno convencional de duas portas, o Cabrio ganhou 150 quilos a mais. "É como uma caixa de sapato", explica o engenheiro Rezende, segundo o qual a Fiat investiu R$ 1 milhão para desenvolver o veículo. "Se você tirar a tampa, ela tende a se fechar ou abrir. Assim é com um carro, quando você retira o teto. Por isso, a necessidade de se reforçar a estrutura para que ele não se desmanche em movimentos torcionais na carroceria, causando insegurança e desconforto."

Com design diferenciado, o Uno Cabrio recebeu para-choques totalmente remodelados em fibra de vidro, o que lhe deixou com aparência muito mais esportiva. Pintado num azul-claro que muda de tonalidade conforme a luz solar, o pigmento é outro fator que causa intriga.

Com grandes tomadas de ar, o para-choque dianteiro ainda ganhou spoiler. As rodas, aro 16, de liga leve, e as lanternas traseiras de LED incrementaram o visual externo .

Muito diferente de um modelo convencional, o Cabrio recebeu roupagem interna totalmente nova - alguns itens, como o volante de três raios, foram emprestados do importado 500. No Cabrio, existem apenas dois bancos dianteiros na cor marrom, com detalhes em azul. O acento traseiro foi engolido por um tampão na altura dos vidros.

Inspirado no conceito CF51vintage/CF, o interior recebeu série de componentes específicos, como comandos de ar-condicionado, saídas de ar e pedaleiras.

São alusivos aos modelos clássicos de corrida o pomo do câmbio com hastes metálicas, além dos bancos em formato concha, que sustetam melhor o corpo dos ocupantes nas curvas.

A moldura do painel e o console central foram adaptados para incorporar novos instrumentos de medição: um leitor de pressão do turbo, posicionado junto ao quadro de instrumentos, e dois relógios para marcação de pressão do óleo e do combustível, localizados no console central. Todos receberam novos grafismos. A solução interna também tem elementos em alumínio e fibra de vidro na cor externa do veículo.




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