Apesar do abandono do cargo, Capiberibe afirmou que vai continuar apoiando os projetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde que sejam "necessários e saudáveis para o país".
O senador lembrou que a soja orgânica foi responsável por US$ 5,8 bilhões das exportações do ano passado. Capiberibe ressaltou que os principais compradores da soja orgânica brasileira são os países europeus, o Japão, a China e a Índia, que não admitem a entrada de soja transgênica em seus territórios. Com a liberação do plantio pelo governo brasileiro, João Alberto Capiberibe teme que os agricultores brasileiros fiquem dependentes do monopólio da empresa norte-americana Monsanto, que detém a patente da soja transgênica e dos inseticidas para combater suas pragas.
O senador do PSB acusa a empresa de ter introduzido "clandestinamente" a semente de soja transgênica no país, promovendo o seu plantio. Capiberibe destacou que existe uma liminar da justiça, concedida em 1998, a favor da Organização Não-Governamental (ONG) Greenpeace, contra o plantio da semente transgênica no Brasil.
A MP que trata da liberação da soja transgênica na safra 2003/2004 no Brasil foi publicada no Diário Oficial da União dia 26 de setembro. Assinado pelo vice-presidente José Alencar – Luiz Inácio Lula da Silva estava em Cuba – o texto foi negociado durante toda a semana com ministros, parlamentares e produtores.
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