A ONG americana HRW (Human Rights Watch) pediu nesta terça-feira que os líderes mundiais pensem duas vezes antes de viajar a Pequim, na China, para os Jogos Olímpicos, em conseqüência da situação no Tibete, ao mesmo tempo que descartou um boicote esportivo do evento.
"Uma coisa é não desejar um boicote dos Jogos Olímpicos por parte dos atletas, mas os representantes dos governos estrangeiros devem exigir uma melhoria antes de se comprometerem a assistir aos Jogos", afirmou Kenneth Roth, diretor-executivo da HRW.
"Os governantes podem desejar aplaudir seus atletas e apreciar o espírito dos Jogos, mas não devem aprovar com sua presença a repressão chinesa no Tibete", acrescentou.
Roth afirmou que sua organização está "muito preocupada" com as ações chinesas no Tibete, cenário na semana passada da maior revolta contra a tutela de Pequim em quase 20 anos.
Desde sexta-feira, a revolta em Lhasa contra a presença chinesa no Tibete deixou 13 mortos, segundo o balanço oficial de Pequim. Os tibetanos no exílio falam de 100 mortes.
O presidente americano George W. Bush anunciou, entre outros chefes de Estado e Governo ocidentais, que viajará a Pequim em agosto para assistir as Olimpíadas. Bush prometeu no entanto que aproveitaria a ocasião para citar a questão dos direitos humanos com as autoridades chinesas.
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