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Iraquianos participam de funeral de líder religioso
Da AFP
01/09/2003 | 17:26
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O funeral de três dias em homenagem ao aiatolá xiita Mohammed Baqer Al-Hakim prosseguia nesta segunda-feira nas cidades de Kufah e sua vizinha Najaf (ao sul de Bagdá). O religioso morreu em um atentado na última sexta-feira, o qual deixou ainda outros 82 mortos.

Na cidade santa de Kerbala, 80 km ao sul de Bagdá, milhares de xiitas se reuniram para participar da procissão fúnebre em homenagem ao aiatolá Al-Hakim, antes do enterro previsto para terça-feira em Najaf.

Xiitas de várias regiões do Iraque começaram a se concentrar a partir do amanhecer diante da mesquita de Abbas, onde está o caixão do religioso. Pelo menos 20 mil peregrinos iranianos se uniram à procissão, informaram pessoas que participaram do ato.

O iraniano Ahmed Kanami disse que cruzou a fronteira com o Iraque há uma semana, ao lado de 2,5 mil pessoas, para visitar locais sagrados do xiismo no território iraquiano. "Estou muito triste por isto, assim como todos os iranianos", afirmou.

Os cantos dos fiéis demonstravam o lamento e a ira pela morte do aiatolá Al-Hakim, num atentado que também deixou 125 pessoas feridas.

Na cidade de Kufah, as forças de segurança prenderam quatro homens nesta segunda-feira, depois que encontraram dois veículos cheio de explosivos, informou uma fonte policial que pediu para não ser identificada. Dois homens foram detidos num veículo procedente da cidade de Basra (sul), enquanto os outros dois foram presos num automóvel procedente do Iêmen, anunciou a mesma fonte.

Dentro da mesquita de Masjed Al-Kufah, os religiosos pediram atenção à população, porque "os seguidores de Saddam Hussein e da Al Qaeda tentarão provocar uma grande explosão hoje ou amanhã" (segunda-feira ou terça-feira).

Mais cedo, em Hila, 100 quilômetros ao sul de Bagdá, milhares de pessoas marcharam pelas ruas agitando bandeiras negras, vermelhas e verdes para homenagear o aiatolá Al-Hakim. "Como iraquianos, e especialmente como xiitas, fomos feridos e estamos sofrendo muito", disse Amer Hassan al-Hir, 43 anos.




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