``Oponho-me ao isolamento da China', disse Lama em uma entrevista coletiva em Wiesbaden (a oeste), destacando a história rica e a importância da populaçao do país.
``Tento suscitar a confiança da China, é a melhor forma de solucionar nossos problemas. Devemos transformar em amizade a enorme desconfiança do governo chinês para o povo tibetano', disse o prêmio Nobel da Paz 1989.
Sempre sorridente, o Dalai Lama havia se pronunciado anteriormente contra a violência, inclusive no caso de uma guerra voltada para restabelecer os direitos humanos, como em Kosovo.
``Minha convicçao fundamental é que o uso da violência pode ter sucesso a curto prazo, mas a longo prazo cria ainda mais problemas', disse.
``Acho que deveríamos tirar as liçoes dos fatos e agir desde o início, nao esperar chegarmos a um determinado estágio', continuou, referindo-se a Kosovo.
``Este é o problema da humanidade: fala-se de paz, de Justiça, igualdade, de divisao de riquezas, mas quando as coisas se tornam sérias, temos que dar importância a isso', concluiu.
O Dalai Lama nasceu em Takster em 1935 e aos dois anos foi reconhecido no seio de uma família humilde de pastores como a reencarnaçao do 13º Dalai Lama.
Em 1950, quando o Exército comunista chinês entrou no Tibete, assumiu o poder político de seu povo. Nove anos depois, ele se exilou na India, de onde defende uma maior autonomia para seu povo.
Os chineses, no entanto, o acusam de liderar uma conspiraçao para conquistar a independência do Tibete.
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