O Canadá decidiu restringir suas relações com Teerã enquanto as autoridades do país não estiverem dispostas a tratar o caso da morte da jornalista Zahra Kazemi de uma maneira mais séria e aceitável.

"Os acontecimentos da segunda-feira demonstram uma vez mais que o sistema jurídico iraniano não tem capacidade nem vontade de enfrentar os autores da morte cruel de Zahra Kazemi. O Canadá não aceitará esta negação da justiça", declarou, por meio de um comunicado, o ministro das Relações Exteriores, Pierre Pettigrew,

A Corte de Apelações de Teerã, encarregada de voltar a julgar o possível assassinato da jornalista, de origem iraniana e canadense, Zahra Kazemi, concluiu na segunda-feira sua primeira audiência se negando a escutar os advogados da família da vítima.

"A partir de agora estreitaremos ainda mais nossa política de compromisso controlado com o Irã. Limitaremos nossas reuniões com representantes do país ao caso Kazemi, ao tratamento iraniano sobre direitos civis e ao tema da não-proliferação nuclear", ressaltou o ministro.

Kazemi foi detida em junho de 2003 no momento em que tirava fotos ante uma prisão de Teerã e morreu alguns dias mais tarde, oficialmente por uma hemorragia cerebral. Durante sua prisão, a jornalista teria sido golpeada na cabeça.