O deputado João Correia (PMDB) negou nesta quarta-feira no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ter feito acordo com Luiz Antônio Vedoin e seu pai, Darci Vedoin, donos da empresa Planam, que liderava o esquema de compra e venda superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento Geral da União.

Acusado de se beneficiar do esquema fraudulento, o parlamentar disse que foi apresentado a Darci no Salão Verde da Câmara, em 2004, pelo ex-deputado Ronivon Santiago. Após esse encontro, pai e filho teriam ido ao gabinete de Correia apresentar folhetos de ônibus e unidades móveis de inclusão digital.

"Eu me tornei culpado sem nenhuma prova", afirmou o deputado, destacando que Luiz Antônio é "mentiroso". "Jamais negociou propina comigo”, assinalou.

Emendas - Em seu depoimento, Correia disse ter apresentado, em 2005, duas emendas para inclusão digital no valor de R$ 400 mil cada uma, a partir dos projetos dos Vedoin. No entanto, segundo o parlamentar, as emendas não foram empenhadas.

Em 2004, o deputado teria apresentado emendas para compra de ambulâncias para três municípios do Acre. A Planam não teria sido habilitada em uma delas. Na segunda, concorreu e não ganhou. Mas teria ganho uma emenda no município Plácido de Castro.

João Correia disse não ter inteferido no processo e afirmou que o prefeito Paulo Almeida (PT) é sua testemunha.