Fernando Henrique reconheceu, no entanto, que a expectativa afeta fatores subjetivos e gera especulação, mas que o Brasil está numa situação controlada, já que mesmo sem aporte de US$ 30 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), dispõe de uma redução no déficit das transações correntes, de superávit na balança comercial e de um bom volume de investimento que garante à economia brasileira mais tranqüilidade. Segundo o ele, a economia brasileira está mais forte.

O presidente cobrou dos organismos internacionais apoio a Argentina para que o país saia da crise em que se encontra. Ele voltou a lembrar que o problema argentino atual não é uma decisão política de não honrar os compromissos do país firmados com o exterior, mas sim de inexistência de recursos disponíveis para saldar dívidas.

Fernando Henrique conversou, na manhã deste sábado, com o presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, e saiu do encontro convencido de que se os organismos financeiros internacionais não assumirem uma posição mais energética para ajudar a Argentina, o país não vai sair do círculo vicioso em que se encontra. Ele acrescentou que com a mudança de governo por causa das eleições marcadas para março, a situação não se resolve pois " qualquer que seja a seleção, o time do próximo governo, a situação não será das melhores".

Neste sábado, FHC recebeu em nome do setor produtivo dominicano um prêmio de eficiência em gestão empresarial. Fernando Henrique transmitiu o prêmio ao presidente da Serasa, Élcio de Lucca. A empresa foi a vencedora na avaliação da boa gestão empresarial feita pelos países ibero-americanos.

FHC retorna ao Brasil na noite deste sábado. Ele deve desembarcar em Brasília por volta das 23h.