Segundo Aguiar, houve duas falhas técnicas: o investigador não poderia ter colocado sua opinião no inquérito e do delegado precisava ter consultado a chefia de polícia sobre os resultados, visto que se trata de uma caso de repercussão internacional. "As delegacias são autônomas e às vezes ocorrem este tipo de erro. Mas nós estamos tentando corrigir isso", declarou o secretário.
O inquérito acusa nove pessoas, o traficante Elias Pereira da Silva (Elias Maluco) e oito supostos membros de sua quadrilha, pelo assassinato de Tim Lopes. Trechos do documento exibido nesta quarta no Jornal Nacional dão conta de que "o repórter foi o responsável pela própria morte". Os fragmentos exibidos pela Globo afirmam que Tim Lopes "se colocou muito perto do perigo, não vislumbrando a diferença da emoção para a razão". Ele teria feito isso para conquistar prestígio e fama com mais uma matéria sobre o poderio do narcotráfico.
O jornalista foi executado em 2 de junho deste ano, ao tentar coletar imagens de um baile funk no Complexo do Alemão (que seria dominando por Elias Maluco) para uma matéria sobre o recrutamento de jovens por traficantes.
Ainda na entrevista desta quinta, Roberto Aguiar disse que a prisão de Elias Maluco é uma questão de tempo. "Isso agora é uma obsessão para a polícia". Ele também defendeu a atitude da governadora Benedita, afirmado que "ela quer restaurar a autoridade do Estado frente ao crime organizado".
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