Relatório divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional revela que ainda cresce o número de inativos e pensionistas brasileiros. Esse processo, segundo o documento, deverá se acelerar nos próximos anos em vista da média de idade da maioria dos servidores público-federais. Contudo, a Secretaria do Tesouro destaca que as despesas de pessoal e encargos sociais da União a preços constantes vêm se mantendo estáveis desde 2003, em torno de 5% do PIB.

O documento trata também das despesas no atual governo com pessoal, que, ao lado da Previdência Social, são os itens de maior peso nos gastos primários da União. O crescimento de inativos e pensionistas se explica porque a incorporação no serviço público de 25 mil concursados nos dois últimos anos não se traduziu em aumento do número de funcionários ativos.

Em valores correntes, houve crescimento de R$ 23 bilhões entre as despesas de pessoal de 2002 e a projeção para este ano. O crescimento nominal não indica descontrole nesta rubrica do orçamento, conforme o Tesouro Nacional, "mas um esforço para adequar a remuneração da grande maioria dos servidores públicos, valorizando estes servidores, sem prejuízo da manutenção de uma postura fiscal que diminua os riscos do país".