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Cúpula denuncia violação de direitos na China e na Tunísia
Da EFE
12/12/2003 | 15:15
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O grupo de Direitos Humanos da sociedade civil, que inclui quase 50 organizações não-governamentais, denunciou em Genebra, nesta sexta-feira, as violações de direitos humanos de jornalistas e ativistas na China e na Tunísia.

Ao término da Cúpula da Sociedade da Informação da ONU, a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) informou que atualmente há pelo menos 69 jornalistas e ativistas da internet presos na China. O órgão exigiu sua libertação incondicional.

A maioria está presa por "incitar a subversão", "filtrar segredos de Estado ao exterior", "colocar em perigo a segurança do Estado" ou por "publicações ilegais", informou a FIDH, que publicou uma lista dos casos que chegaram a seu conhecimento, disse Sharon Hom, representante dessa ONG.

A divulgação via internet de informações relativas aos direitos humanos pode ser punida como tentativa de subverter o poder, derrubar o regime socialista, destruir a unidade nacional ou a promoção de algum culto.

A Federação de Direitos Humanos, a Organização Mundial contra a Tortura (OMCT) e as demais ONGs expressaram preocupação com o fato de a Tunísia ter sido escolhida para a segunda parte da cúpula, em 2005, porque a consideram um "país, onde as violações da liberdade de opinião e expressão, e sobretudo a de informação, são graves e sistemáticas".

As ONGs citaram os casos de vários jornalistas presos, como Hamadi Jebali, há 12 anos na prisão, Abdala Zuari, condenado novamente depois de 11 anos por não ter respeitado sua "obrigação de residência administrativa".

O vice-presidente da Liga de Direitos Humanos tunisiana e membro da OMCT, Suhayr Belhassen, disse que continua havendo tortura com impunidade em seu país, que, além disso, não quis receber nenhum dos relatores especiais da ONU para informar da situação.

Belhassen exigiu que condicione a realização na Tunísia da segunda parte da Cúpula à libertação dos presos políticos e jornalistas e à destituição do presidente do comitê organizador dessa reunião, Habib Ammar, acusado pelas ONGs de ter promovido as torturas durante seu mandato de ministro do Interior.




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