Oposicionistas como Lourival Lolô Fargiani (PSDB) e Manoel Lopes (PFL) se mostram intransigentes e dizem que vão cumprir os prazos regimentais para a emissão dos pareceres. Já foi convocada uma sessão extraordinária para segunda-feira, às 17h, para votar a urgência da matéria. Se isso acontecer, a comissão ainda terá mais sete dias para dar o parecer.
Lolô disse que a matéria é polêmica porque vários serviços passarão a ser cobrados. Os advogados, por exemplo, não pagavam nada e arcarão com uma alíquota de 3%, se o projeto for aprovado.
A secretária de Finanças da Prefeitura, Valdirene Dardin, disse que se trata de justiça tributária. “Todo mundo recolhe e esta categoria não poderia ser diferente”, explicou Valdirene.
A secretária disse que esse projeto é muito importante porque o município vai se adequar à legislação federal. Ela acrescentou que hoje os prestadores de serviços de outras cidades não precisam pagar o ISS em Mauá. Ela citou como exemplo uma empresa petrolífera instalada em Mauá que solicita a uma outra empresa de outra cidade que faça manutenção em suas máquinas. Do jeito que a lei está, a Prefeitura não pode cobrar o imposto desta prestadora de serviço. “Se o projeto não for aprovado, não podemos fazer a cobrança. Esse projeto não é para mim. É para a cidade”, disse.
Valdirene afirmou que os R$ 10 milhões a mais na receita serão revertidos em benefícios para a população. “Existem áreas que queremos ampliar serviços como as de Saúde e Educação, além da realização de algumas obras. Não dá para brincar com um projeto como esse”, disse.
A secretária afirmou que está à disposição dos vereadores para prestar esclarecimentos sobre a matéria. O projeto já poderia ter sido votado antes do início do recesso parlamentar, no último dia 15, no entanto, as comissões permanentes deram parecer contrário e a matéria teve de retornar ao Executivo, que por sua vez foi obrigado a fazer algumas alterações.
Manoel Lopes considerou positivo o projeto voltar para o Executivo. “Só assim algumas alíquotas foram reduzidas. Cito como exemplo o tratamento de pele, depilação e congêneres, que de 0,01% foi elevado para 5% no primeiro projeto e, agora, a Prefeitura reduziu para 2%. A parte relativa a medicina que foi elevada de 0,02% para 3% e também caiu para 2% nesse novo projeto”, disse.
O presidente da Câmara, Diniz Lopes (PL), disse que até segunda-feira tentará convencer os membros das comissões a emitir pareceres para que neste mesmo dia, a Casa possa votar a matéria em primeira discussão.
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