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Empresas vao às compras e definem futuro da Copene
Do Diário do Grande ABC
06/12/1999 | 15:27
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O recente anúncio de troca de ativos entre a Petrobras e a Repsol-YPF levanta, no mercado, a possibilidade de as gigantes da área de petróleo virem a se unir por meio de fusao. Para a Repsol, abre-se a chance de atuar na área petroquímica no Brasil. Passo anunciado com sua provável participaçao na disputa pela compra da unidade da Politeno em Camaçari (BA), cujo prazo de apresentaçao das propostas se encerraria hoje, às 10h - o prazo já foi adiado duas vezes: era 1º de dezembro e, depois, dia 3, sexta-feira passada.

O interesse da Repsol pela Politeno pode ser interpretado como primeiro passo rumo a uma disputa maior. A compra, até o final do primeiro semestre de 2000, do controle da Companhia Petroquímica do Nordeste (Copene) - consórcio de venda formado por Odebrecht, Mariani e Banco Central, interventor do ex-Econômico.

A Repsol é o único concorrente de peso frente ao poder de fogo da Dow Química, candidata declarada à compra da central petroquímica. A Dow, por meio da Petroquímica Triunfo, também faz proposta para a compra da Politeno.

O Grupo Ultra, por sua vez, interessado na Copene, mas com aporte próprio limitado a US$ 500 milhoes (o valor estimado daparte à venda da Copene é de US$ 1 bilhao), poderá contar com o apoio do governo.

"O governo nao pretende intervir na reestruturaçao. O máximo que poderemos fazer é apontar agentes privados para o financiamento da compra", afirmou o secretário de Política Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Hélio Mattar. Mas o discurso do governo muda, quando interesses da indústria de capital nacional estao em jogo.

Indagado se a visita do presidente do Grupo Ultra, Paulo Cunha, ao ministro Alcides Tápias, há menos de um mês, teria por motivo a reestruturaçao petroquímica - e nao assuntos macroeconômicos, como foi divulgado por ambas as partes -, Hélio Mattar garante que, se for para fortalecer a empresa de capital brasileiro, o governo vai incentivar os interessados na compra da Copene. "E se houver acordo entre agentes privados, o governo também irá incentivar", acrescentou ele, se referindo a associaçoes entre empresas nacionais para a aquisiçao.




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