O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou na quinta-feira com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sobre a Cúpula Extraordinária da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), que ocorre nesta sexta em Bariloche, na Argentina.
Num telefonema de meia hora, Lula reforçou a posição de que é preciso sair do encontro com medidas para a construção de laços de confiança entre os países do continente.
Depois do anúncio do acordo sobre o aumento de militares dos Estados Unidos na Colômbia, as relações ficaram difíceis, principalmente entre Chávez e o presidente colombiano, Álvaro Uribe.
Para evitar uma crise com as nações vizinhas, preocupadas com uma possível interferência dos norte-americanos, Uribe viajou a sete países, inclusive o Brasil, para explicar que o aumento da presença americana nas bases colombianas é exclusivamente para o combate ao tráfico de drogas no país.
Na conversa com o venezuelano, Lula defendeu o fortalecimento do Conselho Sul-Americano de Defesa, órgão da Unasul. Conforme relato de assessores do Palácio do Planalto, Chávez concordou que é preciso reforçar o bloco e buscar um entendimento.
Antes de embarcar hoje para a Argentina, Lula disse, em evento, que estava indo à Unasul para promover um clima de tranquilidade no continente.
"Vou a reunião da Unasul para discutir a tranquilidade da nossa querida América do Sul, que fica sempre muito nervosa. Vamos ter que encontrar o caminho da paz", afirmou na abertura da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, em Brasília.
Lula e Chávez agendaram um café nesta manhã, em Bariloche, para dar continuidade à conversa.
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