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Emergentes estão atrasados no combate à forte demanda
03/07/2008 | 07:11
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Há sinais de um superaquecimento da demanda em todo o globo e vários países, em especial os emergentes, estão um pouco atrasados no enfrentamento dessa questão. Esta foi uma das principais conclusões do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, da reunião anual do BIS(sigla em inglês para Banco para Compensações Internacionais), na Basiléia (Suíça), da qual voltou há dois dias.

Os três principais temas do evento foram a inter-relação das atuações de política monetária, a regulação bancária e a crise dos Estados Unidos, iniciada no mercado de crédito mobiliário.

O presidente do BC ressaltou que a primeira avaliação do evento foi a de que existem sinais de que a economia mundial está superaquecida e que há, portanto, pressão em preços de uma série de produtos que possuem limitações maiores ao aumento da oferta. "Começou com petróleo, passou para os alimentos e matérias-primas: metais, não-metais, ferrosos e grãos", enumerou.

O segundo ponto enfatizado por Meirelles foi o de que houve um consenso entre os presidentes de bancos centrais de que esse superaquecimento da demanda não poderia ser uma reação independente frente a outros países. Mesmo assim, segundo ele, muitos países trataram essa elevação de preços domésticos, num primeiro momento, como um fator externo. "Aparentemente, vários países, principalmente emergentes, já estão um pouco atrasados no enfrentamento dessa questão de demanda global aquecida, que, em muitos casos, também é nacional", considerou.

Para o presidente, nesse aspecto, o Brasil foi muito bem avaliado durante a reunião do BIS. Em abril, o Copom (Comitê e Política Monetária) optou por elevar a Selic de 11,25% para 11,75%, quando a maior parte do mercado financeiro acreditava em uma magnitude menor, de 0,25 ponto percentual - atualmente, a taxa de juros básica está em 12,25% ao ano.




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