"Não convidado" pelos chefes ortodoxos, como destacou o patriarca de Moscou, Alexis II, o Papa será o chefe da Igreja que enfrentará a maior comunidade ortodoxa desde a grande cisma do Oriente, em 1054.
Mais da metade dos 50 milhões de ucranianos se declaram ortodoxos, apesar de divididos em três comunidades: a mais importante delas fiel a Moscou, uma menor fiel a Constantinopla, e outra ainda menor e quase simbólica que se declara autônoma.
Os católicos - um décimo da população -, uma comunidade extremamente ativa, tentam recuperar as igrejas e as instituições perdidas na época de Stalin.
A reivindicação dos bens eclesiásticos é causa de graves conflitos locais entre sacerdotes católicos e ortodoxos. Estes últimos censuram os "uniatas" - católicos de rito oriental acusados de traição desde sua união a Roma - por terem se apropriado de 2.500 paróquias entre 1989 e 1991.
O Papa partirá de Roma no sábado às 6h30 GMT (3h30 horário de Brasília) e chegará três horas mais tarde a Kiev, ex-capital do principal estado russo e bastião histórico da ortodoxia eslava. Às 15h GMT (12h horário de Brasília) visitará o presidente ucraniano, Leonid Kuchma, em seu palácio.
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