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Dilma faz agenda casada
29/10/2010 | 08:43
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Às vésperas do segundo turno das eleições, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, manteve ontem agenda casada com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Horas depois de o presidente visitar navio plataforma, no Rio de Janeiro, que dará início à produção de petróleo da camada pré-sal do campo de Tupi, na Bacia de Santos, Dilma recebeu o apoio de representantes da FUP (Federação Única dos Petroleiros), defendeu a Petrobras e acusou os tucanos de quererem privatizar a estatal.

"É uma enrolação dizer que nós privatizamos a Petrobras. Foram eles que queriam privatizar", afirmou. Ela argumentou que a camada de pré-sal descoberta é "bilhete premiado" e que Serra teria a intenção de privatizar essa riqueza. "O Brasil sabe quem é a favor da Petrobras e do pré-sal e quem é a favor que as empresas estrangeiras operem o pré-sal", observou a petista.

Na reta final da campanha, Dilma está se poupando para o debate de hoje à noite na TV Globo. Segundo

assessores da campanha, ela já gravou as cenas do último programa eleitoral de segundo turno. Com músicos vestidos de smoking tocando o Hino Nacional e uma bandeira gigante do Brasil, o programa terá a participação do presidente Lula, que pedirá votos para sua candidata.

Dilma vai terminar sua campanha amanhã em Minas Gerais, com caminhada pelas ruas da capital. Convencida de que deveria dedicar atenção aos militares, Dilma assinou carta-compromisso em que garante dar à categoria prosseguimento à Estratégia Nacional de Defesa. Como Serra, ela enfrenta resistência das Forças Armadas, principalmente pelo passado de guerrilheira.

CRÍTICA - Dilma Rousseff afirmou não acreditar em constrangimentos ou prejuízos para sua campanha com o pedido do papa Bento XVI para que os bispos do Brasil deem orientação aos fiéis católicos. Sem citar especificamente as eleições de domingo, o papa reforçou a posição da Igreja contrária ao aborto e recomendou a defesa de símbolos religiosos em ambientes públicos.

"Eu acho que é a posição do papa e tem que ser respeitada. Ele tem direito de manifestar o que ele pensa. É a crença dele e ele está recomendando uma orientação", afirmou, a exemplo do adversário, que também comentou o assunto.




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