O paraibano Luiz Carlos Vasconcelos, que há 26 anos personifica o palhaço Xuxu, chegou a entrar no plenário para entregar seu manifesto aos parlamentares, mas não havia sessão. Por conta disso, ele foi levado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ao Comitê de Imprensa do Senado, para que ele entregasse o manifesto aos jornalistas.
Nas três páginas do manifesto, o palhaço Xuxu tece uma série de diferenças entre a categoria profissional dele e os políticos. Ao final, um apelo: "esclarecidas as diferenças dos nossos ofícios, quero pedir aos excelentíssimos senadores que não extrapolem os limites da sua área de atuação invadindo a nossa. Ridículos e engraçados somos nós os palhaços, senadores devem ser sérios e dignos."
No manifesto, que chegou a ser entregue pelo palhaço à líder do bloco governista, Ideli Salvati (PT-SC), Xuxu afirma ainda que os senadores subestimam "a capacidade de indignação do povo brasileiro" ao embutirem na PEC dos Vereadores um corte de recursos para justificar a reversão no enxugamento de 8.528 vagas nos Legislativos municipais de todo o país – conforme determina uma resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que será derrubada com a aprovação da PEC pelo Senado.
A leitura do manifesto à imprensa foi acompanhada pela presidente da Associação Brasileira de Servidores de Câmaras Municipais, Nara Maria Jurkitz, que está em Brasília acompanhando a votação da PEC. "Essa questão é muito séria, não pode ser tratada como uma palhaçada. Cerca de 30 mil pessoas perderão seus empregos por causa dessa emenda constitucional", apelou a sindicalista.
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