O novo Pólo de Desenvolvimento Giovanni Agnelli, o único fora da Itália, confirma a importância do Brasil para a Fiat, que representa cerca de 20% dos negócios mundiais da montadora italiana. Ao decidir fortalecer um centro de engenharia no país e sua presença na América Latina, a companhia atendeu aos seus planos de globalização. "Investimos muito na Europa e o mercado latino americano é extremamente rápido, com exigências peculiares" justificou o diretor superintendente da subsidiária brasileira ao apresentar a primeira fase do novo complexo. Instalado em Betim, anexo à fábrica de automóveis, o complexo deverá gerar 50 novos postos especializados de trabalho. Para Ghiglieno, o Pólo Agnelli significa redução de custos e um bom empurrão à imagem de empresa ágil que a Fiat construiu no Brasil, pois encurtará o tempo de desenvolvimento dos veículos.

Ao consumidor fica a expectativa de que essa redução de custos no processo de desenvolvimento e produção também seja repassada ao preço final dos carros. Cada vez mais perseguida pela concorrência, com é comum a toda marca que está líder em sua atividade, a montadora, cuja sede fica em Turin, na Itália, está preparando-se para uma disputa que se tornará cada vez mais intensa. "Precisávamos ter no Brasil um pólo com respostas rápidas", disse o diretor de Engenharia do Produto da Fia Automóveis, Appio Aguiari .

O Pólo Giovanni Agnelli é composto por seis áreas de engenharia (Centro Estilo – único fora da Europa, Engenharia Elétrica e Eletrônica, Engenharia de Carroceria, Engenharia Chassi, Construção de Protótipos e Engenharia de Experimentação de Veículos) com tecnologia necessária para projetar um automóvel, do design à construção dos protótipos. Os laboratórios com recursos avançados simulam testes dinâmicos em escala real em condições de repetibilidade, quesito importante para a apuração da qualidade no desenvolvimento do produto. Ganho competitivo à parte, a Fiat aposta nessa tecnologia para aumentar a sinergia com a matriz e também para alavancar a qualidade de seus fornecedores, que poderão realizar testes de seus componentes no novo Pólo de Desenvolvimento da montadora.