O governo da Colômbia anunciou nesta quarta-feira que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pretendiam realizar no país um ataque suicida nos moldes do atentado terrorista de 11 de setembro, nos Estados Unidos. Segundo fontes oficiais colombianas, o ataque foi frustrado pela polícia secreta com a prisão de Javier Enrique Carvajalino, em 18 de julho. Mesmo com a prisão do suposto organizador do atentado, as autoridades que monitoram o espaço aéreo colombiano estão em alerta máximo.

O plano das Farc consistiria em atirar um avião contra o Palácio do Governo da Colômbia ou a sede do Congresso, em Bogotá. O atentado ocorreria em 20 de julho, aniversário da Independência colombiana, ou em 7 de agosto, data da posse do presidente eleito, Alvaro Uribe.

O Departamento Administrativo de Segurança (DAS) apresentou Carvajalino como cabeça do atentado. Ele é irmão de Jesús Emilio Carvajalino, membro da cúpula das Farc.

Segundo as autoridades, as Farc contrataram por US$ 2 milhões um piloto que transportava drogas para o extinto Cartel de Medellín, organização que comandava o tráfico no país. Ele teria aceito conduzir o avião para o atentado contra o governo. Ainda segundo o governo, a nave seria roubada pelos terroristas das Farc em Bogotá ou Barranquilla.