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Como surgem os nomes dos veículos
Anelisa Lopes
Do Diário do Grande ABC
22/08/2006 | 21:39
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Tão importante quanto a concepção de um veículo é o nome que ele vai receber. A denominação é o que vai associá-lo ao sucesso ou ao fracasso de um projeto e que também vai caracterizá-lo no mercado.

Durante o desenvolvimento, o carro é chamado por códigos e seu nome é revelado somente um pouco antes do lançamento. O Chevrolet Celta, por exemplo, era conhecido dentro da fábrica da GM como “Blue Macaw”. Na maioria das vezes, no entanto, a identificação é feita por um código com letras e números, como S10, que acabou se tornando o nome da picape nos Estados Unidos e no Brasil devido à boa sonorização.

Segundo a Fiat, não há uma fórmula para a escolha de um nome. A prioridade é que ele deve ter ligação com o segmento do qual o carro fará parte.

Hatches remetem a esportividade, peruas lembram família e sedãs priorizam o conforto. O que vale também é adotar um nome viável para o Brasil e para o exterior, já que, muitas vezes, ele pode ter um significado diferente em outro idioma.

Um nome globalizado e que não cause estranhamento em outro país também é um critério de escolha para a GM. Quando o carro já existe no exterior, como é o caso do Astra, a denominação permanece no Brasil.

Para o próximo lançamento da marca, um sedã pequeno que chega até o fim do ano, foi escolhido o nome Prisma, que não tem um significado direto. Segundo a marca, Prisma pode ser analisado como uma nova visão, ângulo ou caminho. Ou ainda, um novo ponto de vista.

A Ford utiliza um banco de dados mundial. “O primeiro passo é entender o que será o veículo, para qual público será destinado e se será exportado”, explica Victor Bialski, gerente de Comunicação de Marketing da montadora.

A partir daí, o fabricante realiza reuniões internas para avaliar cerca de 200 a 300 nomes. Deste total, até oito denominações são escolhidas para serem levadas para as pesquisas, das quais participam aproximadamente 200 pessoas, a maioria de São Paulo, dois anos antes da apresentação do veículo.

“O ideal é que o nome seja comum a todos os mercados onde o carro será comercializado. O EcoSport, por exemplo, foi unanimidade nas pesquisas realizadas no Brasil, Argentina e Venezuela. Nas clínicas, também mostramos fotos ou esboços do modelo, mas não mencionamos o nome Ford”, conta.

Também há casos em que o nome é reutilizado. O Monza, por exemplo, antes de ser usado no Brasil para designar o sedã da Chevrolet na década de 80, foi adotado pela alemã Opel em um sedã da Chevrolet americana.

Os escolhidos são apresentados para a diretoria dos departamentos envolvidos. Depois de batido o martelo, os logos passam a ser desenvolvidos pela Engenharia e as campanhas publicitárias pelo Marketing.



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