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Crime aumenta medo de usuários do metrô
Do Diário do Grande ABC
24/03/1999 | 22:37
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Uma média de 22 assaltos a bilheterias e 150 furtos por mês. De acordo com a Delpom (Delegacia de Polícia do Metropolitano), esses sao os dados mensais de roubos e furtos, principalmente de carteiras, que ocorrem dentro das 46 estaçoes do metrô. Na terça, dois passageiros que estavam dentro de um vagao lotado, Wlademir Lenine Afonso, 48 anos, e Júlio Pedro Ferreira Filho, 20, foram assassinados na Estaçao Sé, numa aparente tentativa de assalto. A polícia ainda nao tem pistas do criminoso. Para o Metrô, o caso foi uma "fatalidade".

Com o crime ocorrido na Sé, muitos passageiros estao com medo que a insegurança vire rotina. Segundo o Sindicato dos Metroviários de Sao Paulo, quase todos os dias ocorrem roubos nos vagoes. "O caso repercutiu pois as vítimas morreram, mas todos os dias enfrentamos o problema da insegurança", disse o presidente do sindicato, Onofre Gonçalves de Jesus.

"Estamos cansados de alertar a diretoria da companhia e até nos reunimos duas vezes com o ex-secretário da Segurança Pública José Afonso da Silva, que só ofereceu medidas paliativas." Para inibir roubos e furtos, ele acredita que seria necessário aumentar o número de seguranças dos atuais 600 para 1,2 mil homens.

"Estou com muito medo, pois acredito que nao foi um fato isolado: qualquer um poderia estar naquele vagao no momento do crime", disse o vendedor Cláudio da Costa, 31 anos. "É preciso tomar uma providência." A babá Denise dos Santos Andrade foi assaltada às 7h desta quarta na plataforma da Estaçao Tietê. "Estava parada quando um homem veio, abriu minha bolsa e pegou a carteira", contou.

Segundo a assessoria de imprensa do Metrô, os 600 seguranças sao bem treinados e estao distribuídos pelas 46 estaçoes. Além disso, há dez postos policiais e uma delegacia. De acordo com a empresa, por meio de uma pesquisa foi constatado que os passageiros aprovam o sistema de segurança.




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