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Chapa pura do PTB seria equívoco, analisa Auricchio

Prefeito de S.Caetano diz que cenário agrada Regina; sigla será consultada

Vinicius Gorczeski
Do Diário do Grande ABC
06/05/2012 | 07:55
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O comandante do Palácio da Cerâmica, José Auricchio Júnior (PTB), indicou, em entrevista exclusiva ao Diário, que é de interesse dele e de Regina Maura Zetone (PTB), indicada da administração na corrida pelo Paço, abrir a chapa majoritária a outro partido. "A vontade da própria pré-candidata nesse sentido direcionou a hipótese de abrirmos essa condição (de chapa mista)."

A motivação em São Caetano pode, ainda, quebrar parte da tradição de ter nos dois cargos mais importantes da administração integrantes do PTB. A última vez em que chefe do Executivo teve ao seu lado político de fora da sigla foi em 2002, quando José Antonio Dall'Anese saiu vitorioso do pleito ao lado de Iliomar Darronqui (estava no PL, hoje PR).

A cúpula petebista se baseia em cenário político de diversos partidos, tornando necessário construir ampla aliança, motor indispensável para se ganhar uma eleição. O petebista afiançou a ideia de que disputar com dobrada pura seria "equívoco" nesse contexto. É o mesmo pensamento dos líderes que brigam ou pela reeleição ou pelo primeiro voo eleitoral na região.

 "Temos parque de 30 legendas. É impossível imaginar condição de chapa pura hoje. Conseguimos manter isso nas últimas eleições. Mas enquanto não houver reforma política que mude a estrutura vigente será complicado, porque antes a convivência partidária era mais saudável do que hoje", explicou Auricchio, ao emendar que deve debater o assunto internamente com o PTB antes de sacramentar a proposta.

Com essa opção ganhando força, quem sai perdendo é Gilberto Costa (PTB), que sonhava com o Paço. Foi preterido e, agora, vê distante a vice.

AUTONOMIA

O prefeito garantiu que Regina Maura tem autonomia para escolher seu vice - que deve ter afinidades na linha de condução política - e para elaboração de seu plano de governo, ainda no esboço. "Embora eu seja participante ativo e tenha sido o condutor de parte da pré-candidatura, Regina tem autonomia própria, com muito conhecimento técnico." Para o prefeito, seria "tolhimento" dizer que conduzirá sozinho o processo.

A declaração foi recado a políticos da oposição, Legislativo e até mesmo do Paço, de onde brotavam que é dele a palavra final na escolha do vice.

Em outra ocasião, Auricchio e Regina Maura já haviam destacado ao Diário as constantes pressões de aliados para indicar o vice. Questionado novamente sobre conversas e prazos para sacramentar nomes, o prefeito disse que será nas convenções de junho.

Antes, porém, será necessário fechar arco de apoios da pré-candidata. Sem data para ser feita está em planejamento pesquisa que irá tirar as dúvidas sobre o nome a acompanhar a assessora especial nas ruas e na urna. "Queremos ter tempo de mais uma qualitativa", frisou Auricchio, indicando que o páreo para forma a dobrada anda concorrido.




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