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Scénic automático é um carro para poucos
Paulo Basso Jr.
Enviado pelo Diário a Holambra
04/09/2001 | 18:01
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De olho na ascensão do mercado de monovolumes no Brasil, a Renault acrescentou um diferencial ao seu representante no segmento, o Scénic. A partir deste mês, o modelo ganha duas versões com câmbio automático, equipamento que não é oferecido pelos seus principais concorrentes, GM Zafira e Citroën Picasso.

Batizado de Proactive, o câmbio automático de quatro marchas da Renault será vendido apenas nos carros com motorização 2.0 16V, em duas versões de acabamento, RT e RXE. A versão RT, até então disponível somente com motor 1.6 16V, terá também a opção de transmissão manual.

Com o câmbio automático, o preço do Scénic RXE 2.0 16V saltou de R$ 44.190 para R$ 48.790, e passou a incluir revestimento de couro para os bancos. A versão com acabamento RT – mais simples – e propulsor 2.0 16V, por sua vez, custa R$ 40.390 e R$ 42.790, com transmissão manual e automática, respectivamente.

O Diário avaliou ambas as versões no trajeto entre a capital e Holambra, no interior do Estado de São Paulo. Nas rodovias Bandeirantes e Anhangüera, o Scénic mostrou desempenho acima da média dos veículos nacionais equipados com câmbio automático.

A relação de marchas mostrou-se eficiente, com trocas naturais, sem os comuns solavancos dos câmbios automáticos. Os mecanismos de redução de marchas, como o recurso Underdrive – botão localizado na alavanca de câmbio que limita a troca até terceira marcha –, favorecem ultrapassagens e atuam também como freio-motor em descidas acentuadas.

Ao contrário de outros modelos, o acionamento do limitador de marcha do Scénic é rápido e constante. Com isso, o motorista não é pego de surpresa com uma possível redução de velocidade em meio a uma ultrapassagem. O câmbio automático do monovolume também possui botão de baixa aderência, que faz com que o carro saia da imobilidade em segunda, e é ideal para pisos escorregadios, como grama, lama ou neve.

O Scénic automático tem velocidade máxima de 185 km/h, 9 km/h a menos que a versão com câmbio manual. Além disso, o carro vai da imobilidade aos 100 km/h em 12,1 segundos, dois a mais que o modelo equipado com transmissão mecânica.

O fato de ter relações mais longas para se adaptar ao gosto do motorista brasileiro, entretanto, fez com que o Scénic com transmissão automática ficasse mais barulhento do que o seu similar com câmbio manual. Mas o principal ponto negativo do modelo é mesmo a ausência de alguns detalhes de acabamento e conforto na versão RT. Apesar do preço acima dos R$ 40 mil, o modelo não tem regulagem elétrica dos retrovisores nem rádio.

Por outro lado, tanto a versão RT como RXE trazem como itens de série air bag duplo, conta-giros, computador de bordo e indicador de posições da alavanca do câmbio no painel.

O repórter viajou a convite da Renault do Brasil.




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