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Paraguai pede para Brasil suspender obstáculos à importação de carne
Das Agências
19/02/2001 | 14:59
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As autoridades sanitárias paraguaias pedirão ao Brasil que suspenda os obstáculos impostos à importação de carne com ossos e animais vivos vindos do Paraguai, medida em vigor desde setembro do ano passado, quando explodiu na região a crise da febre aftosa, informou nesta segunda-feira o vice-ministro da Pecuária, José Luis Laneri.

O pedido será feito por ocasião da reunião da Comissão Sul-americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa), nos dias 12 e 16 de março na sede da Associação Rural do Paraguai (ARP), entidade que agrupa os criadores de gado locais.

O vice-ministro anunciou nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa, que antes do encontro da Cosalfa, o Paraguai poderá manter conversações com o Brasil para tratar do tema.

Os contatos diplomáticos feitos até o momento por iniciativa dos criadores não deram resultados.

‘‘Nós (a Cosalfa) vamos ter uma reunião paralela para avaliar a primeira etapa da vacina antiaftosa no Paraguai e continuar com as negociações’’, informou o funcionário. Laneri estimou que, em maio ou junho, o mercado brasileiro poderá ser reaberto.

Um dos argumentos que será utilizado pelos paraguaios para convencer seus vizinhos de que sua carne goza de boa saúde é o novo programa de vacinação iniciado este ano e que concluirá no ano 2003.

Em agosto passado, o Brasil fechou suas fronteiras — pela segunda vez esse ano — à carne com ossos e aos animais provenientes do Paraguai, depois de suspeitas de que o gado com aftosa entrou na Argentina proveniente de lá.

A crise da febre aftosa aconteceu no segundo semestre do ano passado e tanto o Brasil quanto o Uruguai, Argentina e Paraguai, todos os integrantes do Mercosul, se viram obrigados a aplicar o sacrifício sanitários dos animais.

A exportação de carne representa o terceiro lugar em entrada de divisas no Paraguai, apesar da crise da aftosa reduzir em grande parte as vendas ao exterior.

O Serviço Nacional de Saúde Animal (Senacsa) nega até agora que o Paraguai tenha aftosa e que tenha realizado uma campanha clandestina de vacinação antes da crise chegar ao conhecimento do público.




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