A ex-estudante Suzane von Richthofen levou um lenço ao rosto durante a exibição nesta quinta-feira das fotos dos pais Marísia e Manfred, após serem mortos pelo ex-namorado Daniel Cravinhos e seu irmão Cristian, em outubro de 2002. O julgamento dos réus, que chegou ao quarto dia, acontece no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo.
A audiência foi dedicada à leitura das quase 2 mil páginas do processo. Também foram mostrados os laudos necroscópicos, uma série de reportagens jornalísticas acerca do crime e dos depoimentos dados pelos acusados, imagens das vítimas e da reconstituição do crime.
Suzane chegou a deixar o plenário durante cinco minutos depois de ver as fotos dos pais. Após retornar, a jovem permaneceu de cabeça baixa, assim como os irmãos Cravinhos.
Já Daniel chorou durante a leitura das cartas que Suzane escreveu para ele enquanto eram namorados. Em uma delas, a jovem dizia que "nunca, nada" iria separá-los. Em outras, ela se referia ao rapaz como sua "alma gêmea" e "anjo da guarda".
Cristian chegou a pedir que os policiais retirassem o irmão do plenário, enquanto a ex-estudante, aparentando constrangimento, chamou seu advogado Denivaldo Barni para conversar.
Término - O julgamento do caso Richthofen deve terminar na sexta-feira. O juiz Alberto Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, informou que os debates entre acusação e defesa ficarão para o dia seguinte, após um acordo feito entre promotoria e os advogados de Suzane e dos irmãos Cravinhos.
Na quarta-feira, o destaque do julgamento foi o depoimento de Cristian Cravinhos, que voltou atrás em suas declarações e assumiu ter participado do assassinato do casal Richthofen. Ele confessou ter atacado Marísia com uma barra de ferro, após seu irmão Daniel ter matado Manfred.
Cristian manteve a versão do irmão de que todo o crime foi planejado por Suzane, e que foi ela quem o convenceu a matar os pais, sob a alegação de que foi estuprada por Manfred quando tinha 13 anos.
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