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Dia do Índio é marcado por protestos em Brasília
Do Diário OnLine
19/04/2001 | 19:50
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Aproximadamente 500 indígenas, de 80 povos de todo país, realizaram nesta quinta-feira, uma manifestação pelas ruas de Brasília para cobrar a aprovação de um novo Estatuto do Índio e pedir a condenação do responsável pela morte de Galdino Jesus dos Santos, Pataxó queimado vivo em 1997, na capital federal.

Os índios querem também a demarcação do território indígena, segurança pela saúde e condições básicas das tribos. De acordo com o secretário do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Roberto Liebgott, apenas 222 das 741 áreas indígenas identificadas no país estão com processo de demarcação definido.

Pintados para a guerra, armados com arcos, flechas e bordunas, os indígenas foram à Esplanada dos Ministérios e tomaram a Câmara Federal, com direito a discursos no plenário, para marcar o Dia Nacional do Índio. O vice-presidente da Câmara, Efraim Morais (PFL-PB), recebeu dos povos uma proposta alternativa de Estatuto.

O estatuto dos índios preserva a tutela e estabelece consulta prévia aos povos em caso de exploração de recursos minerais e florestais nas reservas. Os indígenas são contra o anteprojeto do deputado Luciano Pizzato (PFL-PR), em tramitação no Congresso. Eles alegam que essa proposta facilita a exploração e a invasão de terras dos nativos pelos homens brancos, além de tornar mais burocrática a demarcação das reservas.

Pizzato, por sua vez, nega que seu anteprojeto favoreça os mineradores e extrativistas em detrimento aos índios. O deputado também afirma que sua proposta não é definitiva e disse estar aberto a receber sugestões e reivindicações dos indígenas.

Maceió- Índios de oito tribos de Alagoas se reuniram na sede da Funai, em Maceió, para protestar e exigir a demarcação das terras, o atendimento de saúde, em especial para as crianças e mulheres.

Bahia - Cerca de 900 índios da tribo Tuxá protestam no Norte da Bahia contra a desapropriação de terras.

Santa Catarina— No dia dedicado ao índio, a comunidade denunciou a situação de abandono em que vivem em Santa Catarina. "A maioria dos guaranis vive na beira da estrada, porque a terra que lhes foi dada é pequena e também não têm equipamentos para trabalhar a terra", disse um dos diretores da Funai.




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