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Uma mãe nas alturas
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
21/06/2009 | 07:31
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Ricardo Trida/DGABC


O frio de 8°C não intimidou. Na madrugada do dia 6, por volta das 4h, a advogada Catarina Marias Cabrino, 55 anos, vencedora do concurso Minha Mãe nas Nuvens, promovido pela Dia-a-Dia Revista em parceria com a Immaginare - Guia de Experiências, partiu de sua casa em Santo André rumo à cidade de Araçoiaba da Serra para vivenciar um momento único: ver o raiar do sol em um passeio de balão pelos céus do Interior.

Na ida, expectativa: após receber o voucher e o catálogo com todas as opções de experiências oferecidas pela empresa, Catarina revelou que o sobrevoo era um sonho antigo. "Sempre quis voar de balão. Cheguei a procurar roteiros, mas acabei deixando pra lá", contou a advogada, sem esconder um dedo de apreensão. "Vi um balão uma vez numa feira. Tive um pouco de medo daquele fogo que sai pela boca."

A conversa ao lado do marido - o engenheiro Amauri Cabrino, 55 -, no entanto, ajudou Catarina a se descontrair ao longo da viagem, de cerca de 130 quilômetros.

O coração só voltou a pulsar mais forte quando o imenso balão da Rubic - de 35 metros de altura e volume de 4.500 metros cúbicos - começou a ser preenchido no gramado do Centro Esportivo Primavera.

Nessa hora, apesar das baixas temperaturas, foi o frio na barriga que falou mais alto. "Tô morrendo de medo!", gritava Catarina, já dentro do cesto, junto com outras seis pessoas, enquanto era fotografada por Amauri.

De nada adiantou a descontração exibida no vídeo vencedor da campanha, em que a advogada aparecia correndo - ou melhor, gargalhando - sobre uma esteira ergométrica diante do filho André, 27. "Quando vi o resultado pelo jornal, levei um susto. Não esperava mesmo! Deu erro na página na hora de enviar o arquivo. Achei que eu nem tivesse conseguido efetuar a inscrição."

Mas bastou o balão levantar do chão, por volta das 7h30, para o receio ceder lugar à sensação de deslumbramento. "É tudo muito lindo lá de cima! Queria que demorasse mais. O fogo assusta um pouco, e esquenta quando a chama cresce, mas depois você acostuma. Não dá medo, não!"

A experiência do piloto Rubens Rosdon Kalousdian também ajudou. "Ele já participou de competições na Áustria, na África, em várias partes do mundo. Em 1992, venceu um campeonato internacional de balonismo no Japão. Enquanto mostrava a paisagem, disse que a gente tinha de agradecer aos quatro elementos: terra, água, fogo e ar. Foi muito bacana."

Depois de 58 minutos de passeio sobre propriedades rurais, pastos, lagos e extensas plantações de cana, o balão pousou deixando todos com gostinho de quero-mais.

Hora de estourar uma garrafa de champanhe para brindar a aventura e voltar para casa. "Foi incrível", resumiu Catarina, que já planeja novas aventuras: "Agora, quero saltar de paraquedas, fazer rafting e andar de jet ski".




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