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População do Grande ABC intensifica compras de Natal
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
20/12/2009 | 07:24
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O forte movimento nos centros de compras e comércio de rua no Grande ABC no final da tarde de ontem indica que os consumidores realmente estão deixando as compras natalinas para os últimos dias.

Em visita aos shoppings Metrópole (São Bernardo) e ABC (Santo André), a reportagem constatou corredores lotados e grande número de pessoas que ontem saíram em busca de presentes. A demanda aquecida no comércio também foi verificada, por exemplo, nas ruas da área central de Diadema.

Disposto a presentear 20 pessoas, o casal de advogados Lourival e Renata Andréa Cardoso, que deixou as compras para última hora, encontrou dificuldade para encontrar os tamanhos pequeno e médio de alguns modelos de roupa. Eles avaliam que neste ano os itens estão mais caros, mas calculam desembolsar mais e gastar, no mínimo, R$ 1.500 neste fim de ano.

Os lojistas ouvidos pelo Diário pontuaram que nos próximos dias o movimento deve aumentar. Betânia Jackson, gerente regional da Simulassão, com três unidades no Grande ABC, afirma que desde de o dia 1º as vendas estão em média 5% maiores em relação a igual período do ano passado. "Queremos alcançar 13% de crescimento. Um termômetro é que o estoque da loja dura apenas três dias", destaca.

A estratégia da rede de moda feminina para alavancar os resultados neste ano foi intensificar a negociação com os fornecedores. Betânia explicou que a quantidade de roupas comprada para 2009 foi superior à do ano passado, garantindo preço até 20% menor comparado ao Natal anterior. O tíquete médio por cliente beira os R$ 80.

A dona de casa, Maria Almeida, é exemplo dos consumidores que vão focar as compras no segmento de vestuário. Com orçamento mais apertado neste ano, ela estima que gastará R$ 300 nos presentes. "Tenho dívidas para pagar, por isso só participarei de três amigos secretos na família", diz.

COSMÉTICOS - Entre as primeiras posições nas listas de presentes, os perfumes e cosméticos atraíam diversos clientes do Shopping ABC às lojas especializadas. Inaugurada há seis meses, a loja Mahogany espera faturar duas vezes mais frente a novembro. O proprietário da loja, Antônio Moredo, sinaliza que o tíquete médio ficará entre R$ 90 e R$ 100.

"O fluxo está melhor neste sábado, mas até quarta-feira aumentará consideravelmente", vislumbra Moredo, que administra mais três unidades da franquia na capital paulista.

Ainda no mesmo complexo, o casal Fernando Silva de Oliveira e Roberta Trigo Monteiro, divergem em relação ao montante a ser gasto. O consultor de vendas será mais cauteloso e gastará R$ 600, enquanto a administradora prevê consumir R$ 1.000 em compras.

Gasto médio com presentes será de R$ 1.050

Enquete realizada pelo Diário com consumidores nos shopping centers da região aponta que, de maneira geral, a população está disposta a gastar mais neste Natal. A média dos gastos levantados entre os centros de compras Metrópole e ABC chegou a R$ 1.050.

A advogada Vilma Cardoso, 60 anos, consumirá pelo menos R$ 1.500 para presentear os familiares. Entre roupas, brinquedos e outros itens, ela decidiu parcelar uma fatia das compras. "Apesar de deixar as compras apenas para hoje (ontem), consegui fazer tudo com tranquilidade", diz a advogada.

Para o programador Jefferson Guimarães de Lima, 31 anos, que estava no Shopping ABC com a família, a meta é gastar a mesma quantidade em relação ao ano passado, também R$ 1.500. "Estou fazendo as compras de Natal há algumas semanas, e agora, estou levando apenas os presentes que faltavam", conta Lima. Segundo ele, os calçados foram os principais itens adquiridos neste ano.

Na loja Tent Beach, do Metrópole, que comercializa calçados e roupas voltados para a moda surf, é esperado faturamento 10% maior em relação a 2008. O gerente Fernando Martini endossa que os três dias que antecedem o Natal são sempre os mais produtivos para a loja. O fluxo tende a crescer neste fim de semana e o gasto médio dos clientes atinge R$ 200.

No mesmo shopping, o gerente da loja A Esportiva, Luiz Darcio Montan, se queixa que o movimento ainda não está conforme o esperado, porém, o objetivo será crescer 10% este ano e o tíquete médio está superior ao de 22008, totalizando cerca de R$ 190.




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