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Modercarga terá R$ 2 bi para renovar frota de caminhões
19/12/2003 | 22:37
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta sexta o programa de financiamento de caminhões novos e usados (com até sete anos de uso), o Modercarga, que terá recursos de R$ 2 bilhões. O objetivo é reduzir a idade média dos veículos de transporte de mercadorias dos atuais 18 anos para dez anos. O programa, com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), será financiado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com taxas de juros fixas e permitirá a compra de 20 mil unidades novas e usadas.

Do total de recursos do programa, 30% (cerca de R$ 600 milhões) serão destinados a compra de caminhões usados, que poderão ter financiamento de até 70% do seu valor. Em mais um discurso de improviso, Lula reconheceu que a frota de caminhões no Brasil tem “uma idade muito avançada”. Para ele, “o programa vai beneficiar a indústria automobilística, os trabalhadores da indústria automobilística, mas também pode ajudar toda a cadeia ligada ao setor de transporte no País”. O presidente salientou que o governo está abrindo a possibilidade de as pessoas poderem comprar um caminhão novo, financiado com prestações fixas.

“Acho que este é um presente de Natal muito importante para os micro e pequenos empresários do setor de transportes, um presente extraordinário para o caminhoneiro autônomo, porque ele vai poder já, a partir de agora, começar a procurar as concessionárias e começar a fazer negócio”, afirmou o presidente.   O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, disse que o programa possibilita, a partir do próximo ano, uma renovação de frota que permita redução das perdas de produtos no transporte e mais conforto e tranqüilidade ao caminhoneiro.

A grande novidade do programa, na avaliação do presidente, é permitir o financiamento do caminhão usado. “Está cheio de companheiros que têm um caminhão 1999, 2000, que gostariam de ter um novo e não tem quem compre o caminhão dele”, observou.

FAT – Durante o lançamento, Lula elogiou a iniciativa do ministro do Trabalho, Jaques Wagner, e os resultados obtidos pelos programas lançados pelo FAT na nova gestão iniciada neste ano. “A meta inicial do FAT era de 220 mil operações de crédito para micro e pequenas empresas e, de janeiro a setembro, já atingimos três vezes mais a meta, com 675 mil operações”, destacou Lula, citando operações para os trabalhadores autônomos, micro e pequenos empreendedores, na cidade e no campo, quando a meta era de 220 mil.

“Em nove meses, nós superamos três vezes a meta que nós mesmos tínhamos estabelecido e isso é utilizar o dinheiro do trabalhador, que é o dinheiro do FAT, para beneficiar o próprio trabalhador, porque esses investimentos, no fundo, no fundo, têm como expectativa fazer com que haja geração de empregos”, disse o presidente.




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