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Criança tem mais imaginação?
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
06/05/2012 | 07:00
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André Henriques


Tanto a criança quanto o adulto têm imaginação. Entretanto, ela se manifesta de modos diferentes em cada etapa. Durante a infância, ajuda a desenvolver a inteligência. Nessa fase, conhecemos o mundo aos pouquinhos. Estamos sempre tentando entender como tudo funciona; somos verdadeiros exploradores em busca de novidades. Por isso, às vezes fazemos relações entre as coisas que podem parecer estranhas ou maluquinhas para quem já cresceu, dando a impressão de que temos maior capacidade para inventar.

Como o adulto viveu mais e teve inúmeras experiências, consegue imaginar coisas mais complexas (difíceis). Sem essa habilidade, aliás, não seria possível criar livros, filmes, desenhos, espetáculos, máquinas, tecnologias e tantas outras invenções, não é mesmo?

Com a criatividade acontece algo parecido: todos a têm. A diferença é que costumamos ser mais criativos em uma determinada tarefa ou área e menos em outras. Em geral, isso depende da forma como treinamos diferentes habilidades ao longo de nosso crescimento.

Quem, por exemplo, entra em contato com lápis de cor, tinta, canetinha e papel desde cedo, tendo liberdade para brincar com os materiais possui grande chance de se tornar bom desenhista ao crescer. Além disso, ser criativo não significa apenas fazer algo novo ou mirabolante.

Dessa maneira, ninguém precisa ter medo de perder a imaginação e a criatividade quando for adulto, pois são características dos humanos. Teremos de usá-las bastante durante a vida para realizar trabalhos e até resolver problemas.

 

Arte é importante para a criatividade

Durante a infância, os adultos nos ajudam a desenvolver a criatividade. São responsáveis por nos incentivar a brincar, desenhar, dançar, escutar música, conhecer objetos, além de nos levar a lugares legais, como parques e teatros. Por meio dessas atividades exploramos o mundo, desvendamos seus mistérios e adquirimos conhecimento.

E tudo isso está ligado à arte, expressão pela qual a gente consegue se comunicar quando ainda nem sabe falar ou escrever. Ela também nos ensina a olhar para as coisas e entendê-las de diferentes maneiras. Por isso, é importante ter contato com várias manifestações artísticas desde que somos crianças. E, acredite, não é tarefa complicada.

No Grande ABC, há opções superbacanas de locais que você pode visitar com a família, se divertir e aprender de montão. A Sabina Escola Parque do Conhecimento (Rua Juquiá, tel.: 4422-2001), em Santo André, é um deles. Tem exposição sobre o pintor Cândido Portinari, pinguinário, planetário, entre outras atrações. Na página oito também há sugestões de muitas peças - algumas gratuitas - na região e em São Paulo.

Hoje (6), até as 18h, acontece a Virada Cultural em diversos pontos de Sampa com muitos espetáculos gratuitos. A programação está no www.viradacultural.org

 

Brincar para crescer bem

As brincadeiras não servem apenas para gastar energia, como costuma-se pensar. Também enriquecem o desenvolvimento da inteligência. Por isso, são fundamentais para o crescimento da imaginação e da criatividade.

Há três tipos principais de jogos que nos acompanham até a vida adulta. O primeiro é o jogo de exercício, que surge no comecinho da infância. É aquele em que o bebê repete movimentos e ações por vontade própria, fazendo com que a coordenação motora melhore.

A partir dos 2 anos aparecem os jogos simbólicos, formados pelas brincadeiras de faz de conta e imitação. Em geral, nos ajudam a entender a diferença entre o real e o imaginário.

Já por volta dos 4 anos há os jogos de regras, que podem ser desde divertimentos com cartas e tabuleiros até atividades em grupo. Permitem que a gente entenda a importância de obedecer regras.

 

Olívia Silva Amann, 8 anos, de Ribeirão Pires, tem receio de perder a imaginação ao crescer. Na opinião da menina, muitos adultos esquecem de usá-la. "Tenho certeza de que Papai-Noel existe. Mas mesmo sabendo disso, minha mãe não acredita nele."

 

Consultoria da psicopedagoga Sandreilane Cano




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