O presidente do Sindicato de Caminhoneiros, James Hoffa, denunciou o pacto como "uma bofetada na cara, nao somente para os trabalhadores dos Estados Unidos, mas para os da China". O presidente da central sindical AFL-CIO, John Sweeney, considerou o acordo um "grave erro".

"É desagradavelmente hipócrita que o governo de Clinton se comprometa a `dar uma cara humana à economia global', uma vez que se poe em busca de um acordo comercial com uma naçao velhaca", disse Sweeney.

A Associaçao Norte-Americana de Fabricantes Têxteis calculou que o acordo com a China custará 150 mil empregos americanos nas indústrias têxtil e de vestuário, dois setores que enfrentam intensa competiçao das importaçoes chinesas.

Mas para o governo do presidente Bill Clinton e muitos outros grupos comerciais norte-americanos o acordo assinado nesta segunda-feira, em Pequim, oferece a perspectiva de aumentar as vendas de produtos dos Estados Unidos agrícolas, filmes e serviços financeiros reduzindo as barreiras que vinham impedindo até agora o acesso norte-americano ao país de maior populaçao do mundo.

"Este é um progresso importante para as empresas norte-americanas e seus trabalhadores, que oferece centenas de milhoes de possíveis novos clientes", afirmou Jerry Jasinowski, presidente da Associaçao Nacional de Fabricantes.

O governador do Texas, George Bush, primeiro aspirante à candidatura presidencial, disse nesta terça-feira, que o acordo é um bom negócio para os Estados Unidos e os trabalhadores norte-americanos. "Para nós é muito importante abrir os mercados chineses para os agricultores, os empresários e os comerciantes norte-americanos", declarou Bush à NBC. "Vai mudar a atitude chinesa em relaçao à liberdade".

Em troca de suspender as barreiras comerciais chinesas aos produtos norte-americanos, os Estados Unidos apoiarao a solicitaçao da China de entrada na Organizaçao Mundial de Comércio, de 135 membros, que estabelece as regras do comércio mundial. Há 13 anos que a China vem solicitando seu ingresso.