Nos últimos três jogos, o São Paulo sofreu sete gols. E para um ex-zagueiro como o técnico Adilson Batista, a marca é motivo de preocupação. Por isso, ele vem trabalhando em duas frentes.

A primeira é buscar reforços para o setor. A outra é acertar posicionamento e dar moral para os atuais defensores do elenco. "Tem de trabalhar, conversar, mostrar, explicar. Vejo potencial. Estou aqui para corrigir e tenho certeza de que vamos melhorar", avisou.

Ontem mesmo, após o coletivo, os zagueiros foram para um outro campo aprimorar as jogadas de cruzamento. A bola era levantada na área e eles afastavam de cabeça. Os titulares do jogo de amanhã contra o Bahia, no Morumbi, Rhodolfo e Luiz Eduardo, saíram do treinamento com a cabeça inchada. Mas Adilson não tem qualquer receio em colocar a dupla em campo.

"O São Paulo sempre teve grandes zagueiros como o Oscar, o Darío Pereyra, o Bezerra. E mais recentemente Lugano, André Dias, Miranda. O importante é passar bastante confiança para quem está aqui", disse o treinador.

Além dos dois, o clube tem para a zaga Xandão, que está machucado, e Bruno Uvini, que está na Seleção Brasileira sub-20. Sem muitas opções, Adilson já conversou com a diretoria sobre os reforços para o setor e está otimista quanto ao sucesso das negociações. "A diretoria está trabalhando e tem consciência disso também. Podemos ter novidades em breve."

Para enfrentar o Bahia, Adilson não revela a equipe que vai a campo, mas no treinamento ele colocou Jean entre os reservas e promoveu a volta de Denilson, que jogará ao lado de Wellington no meio. "Vejo que o Wellington tem condições de fazer a função de segundo volante. Posso fazer isso também com o Ilsinho. E o Denilson é o primeiro volante e sentimos a falta dele na última partida. Ele foi importante nos dois jogos que atuou."

ENGASGADO

O treinador do São Paulo não quer novamente cair na armadilha do Bahia. Quando ainda comandava o Atlético Paranaense, perdeu em plena Arena da Baixada para o rival por 2 a 0 e, após a partida, pediu demissão. "Jogamos contra eles, foram quatro contra-ataques e fizeram dois gols. Precisamos tomar os devidos cuidados", explicou.

Iván Piris exalta rápida adaptação à lateral do Tricolor

A adaptação do lateral-direito Iván Piris, recém-contratado pelo São Paulo, foi mais rápida do que o próprio jogador esperava. Ele chegou no final da semana passada, foi apresentado, começou como titular e teve desempenho acima da média. "Pensei que isso (adaptação) seria mais complicada, mas logo no primeiro dia já percebi a qualidade técnica dos meus companheiros e sabia que isso ajudaria", disse.

O paraguaio recebeu elogios do treinador por sua atuação contra o Vasco e espera ser mantido na equipe. "Acho que minha estreia foi boa. A torcida gritou meu nome antes da partida e depois aplaudiu algumas jogadas que fiz. Quero jogar de novo e ter a confiança do treinador. Mas espero desta vez sair com a vitória."

O resultado negativo foi a única coisa que incomodou o atleta. Ele até entrou em contato com sua família no Paraguai, mas percebeu a decepção por causa dos três pontos perdidos em casa. "Já falei com minha família depois da estreia. Eles viram as notícias de que eu tinha ido bem e ficaram felizes por isso, mas tristes pela derrota da equipe."

O lateral ainda busca local para morar. Enquanto isso, está no CT tricolor e divide quarto com o argentino Cañete, outro recém-chegado.