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GM anuncia ‘lay-off’; demais fábricas podem adotar o modelo

Cinco montadoras com plantas na região já anunciaram paralisação na produção

Yara Ferraz
Diário do Grande ABC
31/03/2020 | 23:58
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Claudinei Plaza/DGABC


Após a GM (General Motors), que possui fábrica em São Caetano, anunciar a medida de lay-off (licença remunerada), demais montadoras também podem adotar a medida. Atualmente, as cinco montadoras com plantas na região já anunciaram paralisação na produção. Porém, as empresas ainda adotaram mecanismos de férias coletivas ou folgas.

A GM anunciou implementação de medidas como banco de horas, férias coletivas, planos de redução de custos e, inclusive, adiamento de investimentos. “Entretanto, neste momento de crise sem precedentes que o Brasil e o mundo enfrentam e, num esforço para manter os empregos, a empresa está discutindo com os sindicatos outras medidas, que incluem lay-off e redução de jornada, ambas com impacto de redução salarial”, informou a montadora, em nota.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano pretende divulgar hoje o resultado da assembleia digital. Os trabalhadores podem aceitar as medidas ou recusar.

A GM ressaltou que essas medidas são emergenciais e temporárias, tendo como objetivo a preservação dos empregos, “contribuindo com os esforços do governo federal e governos estaduais e municipais. Continuaremos a acompanhar a evolução do cenário e estaremos prontos para retomar as atividades assim que for possível”, informou a empresa.

O presidente do SMABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC), Wagner Santana, o Wagnão, afirmou que as atuais medidas estão limitadas até o fim do mês, com término de mecanismos de folga.

A Scania, que tem fábrica em São Bernardo, afirmou que está acompanhando diariamente os desdobramentos do coronavírus. “Para mitigar as consequências do momento que estamos vivendo, a empresa adotou férias coletivas do dia 23 de março a 13 de abril, mas já sabe que nem o uso do banco de horas e/ou as férias serão suficientes frente à parada da economia, e por isso segue avaliando outras medidas”, informou, em nota.

A Toyota, também de São Bernardo, não tem planos de adotar o lay-off em nenhuma de suas fábricas do Brasil. A Volkswagen e a Mercedes-Benz, no mesmo município, não anunciaram medidas neste sentido. 




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