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Juros ao consumidor têm novo recorde
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
27/10/2010 | 07:43
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Os juros ao consumidor atingiram o menor patamar em 16 anos, com 39,44% ao ano em setembro, informou o BC (Banco Central do Brasil).

O resultado não foi maior porque a série histórica da autarquia monetária teve início em 1994.

Foi o segundo mês consecutivo que o consumidor é beneficiado com queda. Em agosto, o custo do crédito ao ano estava em 39,86% ao ano.

Segundo o professor do Mestrado em Gestão Internacional da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e sócio da consultoria Tezco Frederico Araújo Turolla, o cenário de curto prazo é de continuidade no decréscimo. "Mas há expectativa de alta para o próximo ano, invertendo a curva."

O diretor do curso de economia da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Francisco Funcia, discorda. "O juros cai porque o risco está caindo e a economia crescendo", pontuou. Ele não arrisca momento exato para mudanças da curva do custo do crédito.

Em contratos pré-fixados, o juros do crédito pessoal - empréstimo sem fim definido - caiu 0,4 ponto percentual no mês, fechando o mês passado em 41,6% ao ano.

O CDC (Crédito Direto ao Consumidor) para aquisição de veículos teve redução de 0,1 ponto percentual, ante agosto, para 23,3% ao ano.

Por outro lado, no grupo de operações prefixadas, o cheque especial confirma tendencia de alta apontada por pesquisa do Procon-SP. O custo da modalidade subiu 1,6 ponto percentual, no mês, e atingiu 167,2% ao ano.

O CDC para aquisição de bens definidos, excluindo veículos, avançou 0,1 ponto percentual e ficou em 50,1% ao ano.

CONTRATAÇÃO
Ao lado do custo do crédito, o volume de dinheiro emprestado no mês para as famílias também superou períodos passados. Com R$ 727,9 bilhões, o indicador bateu o maior nível histórico. A evolução foi de 14,5% no ano e 19,3% em doze meses.

A expansão dos empréstimos com recursos direcionados, R$ 200 bilhões, foi de 26% contra igual período de 2009. O saldo com recursos livres somaram R$ 527 bilhões.




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