A capital do pomposo Reino Unido tinha tudo para ser amarga e triste. Fica evidente, nos dias acinzentados e de garoa constante, a vocação londrina para a melancolia e a depressão. Mas a cidade pulsa. É vibrante. A alegria palpita nos pubs, embalada por pints (copo com cerca de meio litro) e mais pints de cerveja. O bucolismo urbano dos parques, adocicado pela presença constante de esquilos e patos; os restaurantes de 60 diferentes etnias gastronômicas; os riquíssimos museus, quase todos gratuitos; os incontáveis monumentos e teatros; o monárquico ambiente fidalgo; o comércio variado, onde encontram-se os produtos mais requintados do globo; o chá da tarde... Lista extensa de emblemas de uma cidade encantadora e linda.

Londres, a despeito da paisagem envolvida em tons cinzentos, é um destino fascinante e alegre. E colorido pelas construções delicadas, pelas feiras que de tudo vendem, pelos gramados sem fim, pelos artistas de rua, pelas luzes que iluminam os monumentos, pelos jardins mais delicados que uma porcelana chinesa. Em Londres, aquém do horizonte sombrio, do fog incessante, há uma sortida paleta de cores. Animada, vívida e surpreendente. Há tintas coloridas além do cinza, sim.