Apesar de o camarote da Kaiser, montado pelo primeira vez no Anhembi, nao ter apresentado problemas de organizaçao, continua difícil para Sao Paulo rivalizar com o Rio no quesito badalaçao. A vista para o desfile deixava a desejar. Do camarote, no segundo andar, os folioes nao podiam observar o desfile de perto. Além disso, poucas pessoas vieram de outros Estados para assistir à festa num dos três camarotes instalados em Sao Paulo, os da Kaiser, Prefeitura e da Liga das Escolas de Samba. Já o carnaval do Rio atrai gente de todo o Brasil.

O camarote que mais se destacou acabou sendo o da cervejaria, que se tornou o ponto de encontro de modelos, artistas, empresários e esportistas. Convidados pela promoter Rosana Beni, eles desfilaram ou, simplesmente, resolveram assistir à folia da Terra da Garoa. A decoraçao, cheia de Pierrôs e Colombinas, lembrando carnavais de outras épocas, tem assinatura de Roberto Migotto. O bufê foi montado por Andrea Fasano.

Até o ano passado, apenas a Prefeitura e a Liga das Escolas de Samba de Sao Paulo possuíam camarotes no sambódromo. O primeiro reúne mais políticos e funcionários municipais, além de alguns convidados. O segundo é lugar certo de sambistas, jogadores de futebol e pessoas ligadas a escolas de samba.

Agua de coco - O camarote da Kaiser tinha uma freqüência mais eclética. O prefeito Celso Pitta (PTN) visitou o local, um pouco depois de chegar ao sambódromo. Havia esportistas de várias modalidades, modelos, atores, cantores e empresários. O cardápio estava bem diversificado. Havia diversos tipos de sanduíches, saladas, massas e doces. No fim, os convidados ainda puderam beber água de coco e chá.

O banheiro foi um show à parte no camarote. As pessoas que freqüentam o sambódromo já estao acostumadas com cabines improvisadas. No espaço da Kaiser era diferente. Na entrada, havia um enorme espelho e, na pia, rosas vermelhas, escovas de cabelo, fio dental, pasta de dente, sabonete líquido, remédios para azia, dor de cabeça e até para quem exagerou na bebida.