"Aos que escolherem estes pontos turísticos para suas férias, a ETA quer comunicar que considera estas zonas como alvo de suas ações. Para que não haja conseqüências indesejáveis, aconselhamos que não se dirijam a estes locais. Como são centros de turistas, em sua maioria europeus, este informe se dirige principalmente a eles", afirmou o comunicado do ETA publicado pelos jornais bascos Gara e Egunkaria.

No comunicado em "euskera" (língua basca), publicado pelos dois jornais separatistas, o ETA reivindica autoria de 15 atentados que causaram seis mortes, desde o começo do ano, e assume o "irreparável erro" de ter matado dois trabalhadores.

A organização armada assume igualmente os atentados de 17 e 18 de março contra interesses turísticos espanhóis, nos hotéis Montecarlo e Riviera nas estações balneárias de Roses (Catalunha) e Gandia (região de Valência), no litoral mediterrâneo, em frente aos quais estavam estacionados automóveis carregados de explosivos.

Um policial catalão morreu na explosão de um carro-bomba estacionado próximo do hotel Montecarlo.

Os carros levavam cerca de 50 kg de dinamite roubada da França, aparentemente de uma carga de uma tonelada e meia levada de Grenoble (Leste da França). No comunicado publicado nesta sexta-feira, o ETA também reivindicou este roubo, realizado no último dia 7.

Sob o título de "ações de abastecimento", o grupo assumiu a responsabilidade pelo roubo da provisão de explosivos na fábrica Titadine de Veurey, no dia 7 de março, próximo de Grenbole, para apoiar a luta a favor da liberdade em Euskal Herria (País Basco que inclui também o País Basco francês e Navarra).

Em várias oportunidades, durante sua história, o ETA lançou campanhas de atentados contra o litoral mediterrâneo espanhol, sobretudo em 1995 e 1996, para prejudicar a imagem da Espanha e aumentar a publicidade de suas ações.

Em julho de 1996, um atentado deixou 35 feridos, entre eles 25 britânicos em Salou, Catalunha.